Menos do mesmo...
Mais um sol igual
Mais um céu igual
Mais um dia igual
E assim vai durante todo o meu tempo.
Mais uma tarde igual
Mais um pôr-do-sol igual
E para finalizar, mais uma noite exatamente igual
E assim que chega a noite, me pergunto:
Por que será que meus dias têm sido
todos tão igualmente sofridos,
nâo diria depressivos,
mas ansiosos,
tensos
e por sempre, e de uma forma repentina,
me sentir cheia de medo e de pânico,
estes dias parecem tediosos,
insignificantes,
incapacitantes
numa eterna espera de crises
frustrantes
que nos faz invisíveis
e dessa forma,
tornando todas as suas belezas
completamente imperceptíveis?
A quem interessar possa,
não tenho resposta a minha própria pergunta,
mas estou lutando com todas as minhas armas
contra esse cinza existencial,
que insiste em me aprisionar,
mas essa batalha ele tem que perder,
pois essa é minha derradeira certeza e esperança cabal.
Claudia Fernandes
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Um comentário:
Bravo!!!!!!
Z. Vent.
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