Não podemos confundir Justiça com lei.
Nem toda lei é justa ou legítima.
Lembremos de que até mesmo regimes de exceção se basearam em leis que os legitimavam, mas nem por isso puderam ser consideradas justas.
Se quisermos que a Justiça prevaleça, é preciso que leis melhores e mais justas sejam elaboradas.
Se quisermos que o Supremo (e que pelo menos aqui a justiça seja feita, é formado por um colegiado bem preparado e experiente, que precisa fundamentar os julgamentos e votos em princípios e leis materiais e processuais geralmente já estabelecidas, e que neste caso específico do mensalão, mostrou um equilíbrio louvável, uma vez que foram seis votos a favor dos embargos e cinco contra), julgue da melhor forma possível os casos que chegam até ele, precisamos fazer a nossa parte: votar melhor!
O problema não é o Supremo!
Sim, porque as leis nas quais esses doutos magistrados se baseiam para fundamentar seus votos já existem e foram criadas pelo Legislativo e não pelo Judiciário. Além do que nada ali deve ser julgado pura e simplesmente, de forma particular e arbitrária. E creio eu, com a minha mais pura ideologia, que esses homens não maculariam suas honras por questões políticas ou partidárias, até porque seus votos constarão dos autos "ad perpetuam rei memoriam".
Portanto, antes de reclamarmos da (in)justiça cometida, tomemos consciência de que a responsabilidade disso é somente nossa. E que, nas próximas eleições para o Legislativo, escolhamos votar em pessoas comprometidas com as questões do povo, que tenham ideias para melhorar a nossa vida como um todo e não a de uma pequena parcela da população.
Claudia Fernandes.
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