Sombra
Sombra minha, indiferente
Pensas que me dominas
Teimas em me acompanhar
E só por estar sempre lá
Arvoras-te o poder de me reinventar
Sombra, muitas vezes insolente
Acreditas ser uma versão de "mim"
Tentas reproduzir a minha imagem
Porém, não percebes a incongruência
De seres o que nem eu tenho coragem
Sombra, acordes agora
Não preciso mais de tua companhia
Está na hora de seguir teu caminho
Desejo que ao contrário do meu
O teu seja quase sem espinho
Sombra, podes ir embora
Aceites, não me farás falta alguma
Tua sombria presença me incomoda
E o peso da minha própria existência
Já põe no meu pescoço uma mui pesada corda.
Claudia Fernandes ®
Bjo.
Música:
2 comentários:
Ah tem dó! Pq não eu a escrever isto:
...Acreditas ser uma versão de "mim" /Tentas reproduzir a minha imagem /Porém, não percebes a incongruência /De seres o que nem eu tenho coragem.
Perfect!
Beijos.
No dia que eu ficar grande quero ser que nem tu. Lindissimo texto. Intenso e amargo. Adorei.
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