Na minha humilde opinião, a impunidade é uma das principais causas dessa barbárie que estamos vivendo no momento.(Poderia citar muitas outras, mas isso aqui deixaria de ser uma pílula apenas e passaria a ser um tratado sobre o assunto. E não é essa a minha intenção.)
É óbvio que a paixão descontrolada e a vontade de matar sempre existiram em seu aspecto psicológico, isto é, dentro da mente humana, desde que o homem é conhecido como tal. E algumas vezes, o que era apenas um pensamento, acabava ocorrendo na realidade. E como consequências desses sentimentos, são cometidos os homicídios “justificáveis”, tendo por causas diretas diversos fatores como os sociais, econômicos, culturais, comportamentais etc… Podemos até dizer que esse instinto de matar por paixão, por sobrevivência são "aceitáveis", porquanto faz parte da natureza humana.
O que eu tento salientar, nessas parcas linhas, é essa imagem de câncer metastático em que se transformou algo que costumava ser controlável, e com o qual as sociedades podiam lidar com alguma eficiência. Falo dessa banalização da violência, da falta de respeito pela vida alheia e do aumento dos assassinatos, os quais só se multiplicaram dessa forma desenfreada depois da disseminação de uma cultura da impunidade. Não só da impunidade, mas da certeza absoluta desta.
Urge revermos nossas instituições: no legislativo, escolhendo homens de bem para escrever as leis, para que sejam assegurados a igualdade, a justiça e o fim de regalias exclusivas para poucos; no judiciário, resgatando a credibilidade de nossos juízes e do seu imprescindível papel - aplicar a justiça; e no executivo, elegendo políticos sérios e com interesse em promover o social, a cultura e o bem estar, ou seja, com vontade de tirar o Brasil desse caos em que se instalou. Precisamos resgatar a confiança nas instituições, a ética perdida e a dignidade como pessoa. Em suma, ou resolvemos todos esses entraves acima, entre outros, ou a violência só recrudescerá. Sem cerimônia.
Mesmo que, para mim, já esteja tudo perdido.
Desculpe meu evidente pessimismo.
Bjo.
* Texto desenvolvido depois de ler e comentar um post no Blog do Zé:
Música:
8 comentários:
Não se trata apenas de pessimismo. É constatação irrefutável. Porém, Clau, eu admiro aqueles que carregam em si a capacidade imprescindível de indignação.
Muitos beijos
Cláudia, obrigado por desenvolver e dar continuidade ao tema. Eu não o faria melhor.
Compartilho sua indignação, mas acho que nem tudo está perdido. Excesso de otimismo? Talvez. Mas "eu preciso" acreditar, sabe como é?
Leis mais severas é tudo o que se pede. Mas não só para o marginal analfabeto. Enquanto o doutor e o Senador não receberem o mesmo tratamento que o analfabeto, essa violência vai continuar.
Ave, Claudia
M.Cohen
Cláudia,
teu texto é marcante.
A violência banalizou-se.
Mas não acho que tudo já esteja perdido. Mantenho a esperança.
Abraços, flores, estrelas..
.
Eu vim reclamar que além de estar sumida, não publica os comments. Assim não dáaaaaa!
Beijocas!
hummm .. o que dizer depois de ler isso ????
engolir em seco ? talvez.
Obrigada, queridos, pelos comentários bacanésimos...
Adorei tds..
Bjo.
Amélie, minha linda..
A ordem é diferente... Não publiquei os comments, justamente porque estava sumida... rs..
Precisei me ausentar, mas no momento em que voltei, publiquei todos com todo meu carinho..
Bjosss..
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