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Comecei a escrever no momento em que percebi que só pensar não mais me satisfazia.

Precisava transbordar todo aquele pensamento que só ao meu universo de idéias pertencia.

Hoje, escrevo por pura necessidade, por irresistível vício e por agradável teimosia.




Claudia Pinelli Rêgo Fernandes ®



terça-feira, agosto 07, 2007

Volta, tolerância!!


Logotipo do Opeth, a trilha sonora para este post.



Há dias em que esse coração aqui diz baixinho que algo não vai bem. Nesse caso, a tolerância resolveu fazer uma viagem e me deixar sozinha, a ver navios...

Abandonar-me de repente...

Isto me trouxe um sentimento de perda, de abandono, pois a despeito de meus inúmeros defeitos, sou considerada uma pessoa altamente tolerante. Não é à-toa que costumo ser elogiada pelo meu desempenho como educadora, até mesmo por esse motivo. E apesar do trabalho com adolescentes não ser fácil, o difícil mesmo é lidar com adultos. Disso eu não tenho a menor dúvida.

Foi a partir dessa falta de tolerância repentina que se criou essa fase tão louca e intrigante em mim. E diga-se de passagem, nem estou na TPM. Fato que corrobora ainda mais, para minha tristeza(ou não), uma possível permanência dos sintomas.

Sinto como se a ignorância me incomodasse, a insensibilidade me horrorizasse, a alienação me causasse ânsia de vômito e a teimosia me enlouquecesse.

Em tempos não muito remotos, situações que me provocassem incômodo, horror, enjôo ou loucura geralmente me levavam a atitudes diretas, exasperadas, rudes e implacavelmente honestas até.

Mas nessa minha atual fase nada ortodoxa, estou tão estranha, que até em casos bem semelhantes aos habituais, me sinto impelida a agir de formas nunca antes experimentadas.

Portanto, uma reviravolta radical ocorre em minhas ações.

Diante da ignorância que incomoda, que não permite nenhum tipo de ajuda, nem discordância, tendo a me calar.

Diante da insensibilidade que horroriza, que promove equívocos, não me indigno mais.

Diante da alienação que causa ânsia de vômito, escolho balançar minha cabeça e apenas engolir o sapo.

E por fim, diante da teimosia que enlouquece, que dificulta qualquer diálogo ou conversa, prefiro ceder, fingindo que concordo e pronto.

O estranho é que mesmo depois de uma mudança tão visível e drástica como essa, algumas questões insistem em me atormentar.
Será que isso tudo não passa de mera evolução?
Será a vantagem da experiência, da idade chegando?
Será que estou ficando menos honesta e perdendo minha tão estimada autenticidade?
Será que estou deturpando meu bem mais precioso, meu caráter?
Será que agir assim é sinônimo de amadurecimento?
Será que é demonstração de sabedoria?
Será que é uma estratégia para evitar conflitos?

Sinceramente, não sei responder.
E espero que, se houve realmente uma mudança, que esta seja para melhor. Afinal, para que serviria amadurecer, se não para um efetivo aperfeiçoamento do ser?


Bjo.



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3 comentários:

Márcio Beckman disse...

De repente é algum tipo de stress crônico ou depressão... Já ouviu falar em síndrome de burnout? Valeu os elogios múltiplos lá no meu blog! Então, quando é q vc vai colocar um espaço pra comentar seus poemas no seu blog Prosaicos Poemas? Tá perdendo mutos elogios ^^

Claudia Pinelli® disse...

Márcio..
Nesse caso específico, não é nem depressão, nem stress. É desencanto mesmo.
Simples e triste assim..
Obrigada pela visita.
Bjo.

Anônimo disse...

Bom, espero q essa fase tenha passado! Passei aqui por acaso, através do Cantábile. Ótimo seu blog, parabéns. Bjs!

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Minha família

My kind of Spirit...


You are the elusive Night Spirit.
Your season is Winter, when the stars are bright and frost crystallizes the fallen leaves.
You are introspective, deep-thinking, and mysterious.
Everyone is intrigued and a little intimidated by you because you have an aura of otherworldliness.
You work in extremes, sometime happy, other times sad, but always creative and philosophical.
You are more concerned with the unseen, mystical, and metaphysical than the real world.
Night Spirits have a tendency to get lost in themselves and must be careful not to forget reality, but their imagination is limitless.