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Comecei a escrever no momento em que percebi que só pensar não mais me satisfazia.

Precisava transbordar todo aquele pensamento que só ao meu universo de idéias pertencia.

Hoje, escrevo por pura necessidade, por irresistível vício e por agradável teimosia.




Claudia Pinelli Rêgo Fernandes ®



sexta-feira, fevereiro 14, 2014

Implosão do eu iludido



Neste exato momento de minha vida, tenho refletido muito sobre um tema super importante, mas que só tinha feito parte da minha trajetória de forma teórica e filosófica, nunca na esfera pessoal, nem por observação próxima.

Nasci numa família basicamente masculina. Eram 5 homens: meu pai e 4 irmãos e apenas eu e minha mãe de mulheres.

Os homens da minha família sempre amaram profundamente as mulheres e sempre tiveram um respeito imenso por elas.

Meu pai cuidava da minha mãe como uma joia rara e meus irmãos nos traziam flores sempre que chegavam da rua.

Escolhi um homem para casar que nem deve saber o que a palavra machismo significa, pois entre nós nunca houve a menor distinção nesse sentido, pelo contrário, ele sempre manteve comigo a maior cordialidade e respeito possíveis.

Nunca tive que conviver com esse problema na escola, nem na universidade, pois em Letras, os alunos eram, em sua grande maioria, mulheres; e em Direito era meio a meio, e as mulheres ainda conseguiam se sobressair.

Trabalhei em lugares onde não havia diferença entre os sexos na prática profissional.

Ou seja, é aquele assunto que você já leu, já discutiu (em tese) sobre ele, já o criticou ferrenhamente, mas nunca o vivenciou na pele.

Pois não é que depois de uma vida inteira, fui oficialmente apresentada a esse indigesto senhor?

E não poderia ter sido em um lugar mais inusitado: uma reunião de condomínio. Já detalhei esse fato em outro texto.

Para entender melhor o contexto, leia isso: Apelo-Desabafo



Neste momento, meu mundo tremeu. Pode até não ter sido o exemplo de machismo do mundo. Certamente não foi. Mas para mim, até ali, tinha sido o mais chocante.

Foi então que vislumbrei a terrível cena que tantas mulheres já tiveram o desprazer de presenciar.

Homens que acham que mulheres são seres inferiores, num condomínio de classe média alta, onde deveriam morar, supostamente, pessoas, pelo menos, esclarecidas, e o que é mais assustador, em pleno século XXI!

Homens que não admitem ser questionados por uma mulher (geralmente mais inteligente e culta do que eles) e que, por esse motivo, preferem as burrinhas e submissas.

O universo paralelo no qual eu vivia, implodiu em minutos. E só restaram questionamentos e desilusão (mea culpa).

Se fosse correto dizer que a homossexualidade é uma questão de escolha (no que não acredito, pois cada um é o que é), provocaria meus amigos gays dizendo que os entendia bem, pois homem é algo, realmente, prazeroso.

Mas que hoje, entendia bem mais minhas amigas lésbicas, pois tenho conhecido uns homens que são verdadeiros chutes no saco! (deles, é claro!)



E aí?


Alguma amiga teria um exemplo de machismo que tenha sofrido, assim, bem de perto?


Gostaria muito de saber, de verdade!


Os homens podem relatar alguma situação que tenham visto também, fiquem à vontade.




Bjo,





Claudia.

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Minha família

My kind of Spirit...


You are the elusive Night Spirit.
Your season is Winter, when the stars are bright and frost crystallizes the fallen leaves.
You are introspective, deep-thinking, and mysterious.
Everyone is intrigued and a little intimidated by you because you have an aura of otherworldliness.
You work in extremes, sometime happy, other times sad, but always creative and philosophical.
You are more concerned with the unseen, mystical, and metaphysical than the real world.
Night Spirits have a tendency to get lost in themselves and must be careful not to forget reality, but their imagination is limitless.