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Comecei a escrever no momento em que percebi que só pensar não mais me satisfazia.

Precisava transbordar todo aquele pensamento que só ao meu universo de idéias pertencia.

Hoje, escrevo por pura necessidade, por irresistível vício e por agradável teimosia.




Claudia Pinelli Rêgo Fernandes ®



segunda-feira, julho 31, 2006

Fui Ajudá-lo a Chorar...



Fui Ajudá-lo Chorar

Como anda seu envolvimento com as outras pessoas? Você é daqueles que se fecham em seus problemas, em suas dificuldades, nem sequer querendo saber se existe alguém à sua volta que precisa de ajuda? Ou você é daquelas almas que já consegue se envolver com as dores alheias, procurando diminuí-las, ou pelo menos não deixando que alguém sofra na solidão?

Há uma certa passagem que pode ilustrar isso; passagem vivida pelo autor Leo Buscaglia, quando, certa vez, foi convidado a ser jurado de um concurso numa escola. O tema da competição era: "a criança que mais se preocupa com os outros".

O vencedor foi um menino cujo vizinho – um senhor de mais de oitenta anos – acabara de ficar viúvo. Ao notar o velhinho no seu quintal, em lágrimas, o garoto pulou a cerca, sentou-se no seu colo e ali ficou por muito tempo.

Quando voltou para sua casa, a mãe lhe perguntou o que dissera ao pobre homem. Nada – disse o menino – ele tinha perdido a sua mulher, e isso deve ter doído muito. Eu fui apenas ajudá-lo chorar. A pureza do coração das crianças é sempre fonte de ensinamentos profundos.

Geralmente costumamos dizer que não estamos aptos a ajudar alguém, por não sermos capazes, ou porque sabemos tão pouco para consolar. Para muitos, esta é uma posição de fuga, uma desculpa que encontramos para mascarar o egoísmo que ainda grita dentro de nossa alma, dizendo que precisamos primeiro cuidar de nós mesmos, e que os outros são menos importantes.

Para outros, isso reflete a falta de esclarecimento, pois precisamos compreender que todos temos capacidade de auxiliar. Não nos preocupemos se não conhecemos palavras bonitas para dizer, ou se não podemos conceber uma saída miraculosa para uma dificuldade que alguém atravesse. Nossa companhia, nosso ombro amigo, nosso dizer "estou aqui com você", são atitudes muito importantes.

Muitas vezes, o que as pessoas precisam é de alguém para chorar ao seu lado, para estar ali, afastando o fantasma da solidão para longe, e não permitindo que os pensamentos depressivos tomem conta de seu senso. Outras vezes, mais importante que os conselhos, que as lições de moral, é o nosso abraço apertado, nosso tempo para ouvir o desabafo de alguém.

Não precisamos ter todas as respostas e soluções dos problemas do mundo em nossas mãos, para conseguir ajudar. Os verdadeiros heróis são aqueles que ofertam o que tem, o que sabem, e, mais do que tudo, ofertam seus sentimentos, suas lágrimas aos outros.


Bjo.


Música: Só Nos Resta Viver com Angela Ro Rô.

segunda-feira, julho 24, 2006

Falsos Amigos...



Os falsos amigos


Um sinal de maturidade é não compactuar com falsos amigos. Não é preciso agredi-los, basta distanciar-se ou dar sinais inequívocos da inexistência de intimidade.

João Soares Neto

Dizia Mark Twain que são necessárias duas pessoas para uma calúnia prosperar: “um inimigo caluniador e um amigo para contar a história”. Quem conta não é amigo. Twain errou. Quem conta são os falsos amigos. Quase todos têm falsos amigos. É uma praga universal tão velha quanto a história da humanidade. Há muito dos sete pecados capitais nas relações de falsa amizade. O mais visível deles é a inveja. Os falsos amigos invejam o que imaginam que o outro tem, muitas vezes, sem ter. Idealizam a pessoa invejada e tornam-na alvo de seus petardos, frutos de sua própria pequenez e não da suposta grandeza do outro.

Há, entre várias, uma característica própria dos falsos amigos: a encenação. Os amigos têm gestos, discretos, velados até. Os falsos amigos são ruidosos, expansivos e supostamente fervorosos. Ou até agridem porque nada sabem fazer sem alardes.

Há livros e mais livros tratando das relações de amizade; uns as abordam de forma pueril, como se fora uma coisa maravilhosa, outros as vêem com desconfiança e, ainda, há os que não acreditam em amizades.

Penso que não é bem assim. Há amigos verdadeiros que fazemos ao longo de nossas vidas e permanecem ao nosso lado em todas as ocasiões; e há amizades circunstanciais que se desvencilham pelas próprias mudanças de estados de espírito e civis, de lugar, de trabalho e da nova forma que, em determinado instante, passamos a ver o mundo e as pessoas.

Há gente boa, íntegra e capaz que, por razões várias, não nos diz mais respeito. Apenas isso. Passam a faltar o sal e a naturalidade no falar. Para amigo não se procuram palavras, elas brotam e têm a naturalidade do falar de uma criança. Se você fala de forma estudada com uma pessoa, provavelmente essa pessoa não será sua amiga. O sal da amizade é o clima que transforma as coisas mais pueris em conversas sem fim, em bem-estar, ao sentir que o outro tem algo a ver conosco, mesmo que pense de forma totalmente diferente. Aliás, amigo verdadeiro não é um prolongamento dos nossos pensamentos, é um ser soberano que compartilha idéias, mas não alguém que nos bajula, agride ou serve.

O amigo é uma espécie de espelho em que nos vemos, pois as suas reações mostram o que estamos fazendo de certo e errado. Mas é preciso saber se o espelho está refletindo um amigo ou um falso amigo, pois muitos são fingidores e, por serem assim, perdem a própria identidade e o que se vê no cristal é um disfarce ou uma visão destorcida.

Um sinal de maturidade é não compactuar com falsos amigos. Não é preciso agredi-los, basta distanciar-se ou dar sinais inequívocos da inexistência de intimidade. Desconfie dos que lhe afagam ou agridem, elogiam ou a todos criticam e procuram ser íntimos, ao mesmo tempo em que transmitem estórias, fofocas e mazelas sobre amigos comuns. Na primeira oportunidade, farão o mesmo com você.





Excelente! É exatamente a minha visão de amizade.


Concordo em gênero e número.


Acho até que sou um pouco mal interpretada justamente por ser assim, verdadeira demais.

E como as pessoas estão tão acostumadas com pessoas falsas ao lado, não conseguem entender o meu jeito de ser e de viver, que para muitos seria muito sincero e verdadeiro...


Prefiro ser assim, pois as pessoas podem me chamar de tudo, de dura, de fechada, de mal humorada (quando não me conhecem de verdade), de antipática até, mas de falsa, NUNCA.


E isso para mim, já é um alívio.



Bjos para meus verdadeiros amigos.


Música: Somewhere only we know da banda Keane.

sábado, julho 15, 2006

Para Dean...




Dean


Essa foto eu tirei ontem à noite, na praia da Ribeira, numa das minhas rápidas saídas...

Postei hoje e dedico a você como um pedido de desculpas por não ter condições psicológicas, físicas, emocionais, etc. de te receber, tá bom??


Você é um amigo que eu amo e que eu guardo dentro de meu coração.


Um grande beijo para você.


Música: Pink Moon do Nick Drake.

sexta-feira, julho 14, 2006

It's only Rock'n'roll, but I like it...


Foto do King Cobra no Rock in Rio-Salvador-Bahia.




Dia do rock...

É...

Mas... Não tive muito para comemorar.

O rock perdeu um de seus maiores e mais enigmáticos gênios, Syd Barrett, e eu não estou nos meus melhores dias..

Contudo, não poderia deixar de desenrolar algumas linhas para esse que é um dos meus alicerces, um dos formadores de minha personalidade questionadora, e que ainda vem me segurando desde que me reconheço como gente.

Quando digo isso, digo com conhecimento de causa, pois passei a ouvir "roquerrou" na barriga de minha mãe, já que sou temporã e meus quatro irmãos(bem mais velhos do que eu e a quem agradeço até hoje) já ouviam esse estilo musical "maldito" antes mesmo de eu nascer.. Passei minha adolescência ouvindo esse mesmo estilo, por vezes investindo por vários sub- estilos do rock, mas sem sair dos trilhos..

Passeio pelo punk, hardcore, metal, pós punk ou dark, gótico, industrial, mas sempre volto para o rock setentista, o rock progressivo, e para um dos "pais " do rock, o blues...A base é a mesma sempre... Pesquiso por outros bares, mas o bar da esquina continua sendo meu lugar de chegada.. :o)

Hoje a inspiração pediu aviso-prévio e acaba de expirar, eu adoro o rock, é a música que me emociona, que me fez crescer, que me mostrou como ter atitude, me fez abrir os olhos para os problemas do mundo e me fez ter uma maior compreensão da vida.

E para terminar, poderia dizer que tenho uma relação de amor e ódio com essa música que me fascina tanto. Ao mesmo tempo em que ela me emociona, me ensinou como ter atitude etc..., também me abriu os olhos para as mazelas do mundo, me fez perceber a escuridão que eu tenho dentro de mim e com a qual terei de conviver para o resto de minha vida e ainda me mostrou com suas letras e com a iniciação que ele promove( e isso não é infantilidade) que viver é algo sério e muito difícil.

Com tudo isso, eu me considero uma serva fiel do rock'n'roll e prometo segui-lo para sempre, até sentir que essa minha existência se torne um pouco pesada demais para eu suportar.

Long live Rock'n'Roll!!!


Claudia Fernandes ®


Bjo.


Música: Rock and Roll All Nite do Kiss.

terça-feira, julho 11, 2006

In Memoriam...


Syd Barrett (foto retirada do site http://www.jonas.io/main.php?page=artists)

Morre aos 60 anos, de causas relacionadas ao diabetes, na última sexta-feira, 7 de julho de 2006, o atormentado gênio, músico e compositor britânico, Syd Barrett.

Syd Barrett foi um dos fundadores do Pink Floyd junto com Roger Waters, Nick Mason e Rick Wright e escreveu muitas das primeiras canções da banda. Eles misturavam jazz e blues com o rock. Esta mistura fez deles um dos pioneiros do rock progressivo e os tornou muito apreciados na cena psicodélica de Londres. Em 1967, o disco The Piper at the Gates of Dawn(em sua grande parte escrito por Barrett que também era guitarrista da banda) foi um sucesso comercial e de crítica.

Contudo, mesmo com todo esse sucesso, Barrett sofria com instabilidade mental, exacerbada pelo consumo de LSD, e depressão. Cada vez mais seu comportamento foi ficando extravagante e inconstante, até que ele deixou o Pink Floyd em 1968, sendo substituído por David Gilmour(seu antigo professor de guitarra).

Após sua saída da banda, ele lançou apenas dois discos, The Madcap Laughs e Barrett. Criticados por uns, cultuados por outros, desistiu da carreira musical após essas duas tentativas. Um fato bem interessante, pelo menos para mim, é que no ano em que ele se retirava totalmente da vida pública, se enclausurando na sua casa, sem ter contato com ninguém, a não ser com uma irmã, eu estava nascendo, aumentando as fileiras dos que aqui chegam para iniciar esta batalha que é a vida.

Syd passou o resto de seus dias vivendo tranquilamente na sua cidade natal, Cambridge, Inglaterra, onde ele, apesar do " way of life" que levou, agora tinha uma vida bem "família", geralmente visto andando de bicicleta ou caminhando até a loja da esquina para comprar jornal.

Apesar de sua breve carreira ou de sua fragilidade, suas canções melancólicas influenciaram muita gente, de David Bowie, que fez um cover da canção de Barrett(See Emily Play), até outros membros do Pink Floyd, que gravaram o disco Wish you were here como um tributo ao problemático colega de banda.

Definitivamente, Syd Barrett é daqueles homens que nasceram fora de seu Tempo... Ou de seu Espaço.. Não sei ao certo.. Muito sensível.. Frágil.. Enxergava além... Quando tomava consciência do mundo à sua volta, se deixava levar pela melancolia e caía em desgraça. Posso entendê-lo, pois me identifico muito com esse seu jeito obscuro de encarar a vida e de reagir(ou não) perante as vicissitudes e dificuldades impostas pela mesma...

Enfim...

Morre um homem, nasce um mito...

Syd Barrett,

R.I.P.


Música: Wish You Were Here do Pink Floyd(música composta especialmente para Syd).

segunda-feira, julho 10, 2006

Bravo, Azzurri!!!




Nessa final da Copa do Mundo aconteceu uma coisa sine qua non..

Deixe-me explicar..

Minha família é tipicamente italiana.. Daquelas que falam com as mãos, que comem macarrão fechando os olhos e que param na frente da tv para assistir a um jogo de futebol, todos falando ao mesmo tempo, quando não todos discutindo pois cada um torce para um time.. Isto porque lá de mulher só somos eu e minha mamma..rs.. Homens eram cinco! Quatro irmãos e meu pai.. (Hoje já não estão entre nós meu pai e um irmão, o Nato. ) Mas dá p ter uma idéia do que se transformava a casa num dia de jogo.. E todos eles jogaram bola, dois deles profissionalmente, nos dois times principais daqui, Vitória e Bahia...(Os dois times não estão mais na primeira divisão... Que Deus os tenha..rs..)

Logo, fiz universidade de futebol dentro da minha própria casa e posso dizer que aprendi alguma coisa desse esporte. Da teoria, claro.. E sei reconhecer quando um jogador tem a manha e quando é um perna de pau..

Quando chega a copa, toda a família se divide em duas, Brasil e Itália. Nessa copa foi ótimo pois as duas não se enfrentaram nem uma vez. Por azar, o Brazil caiu fora logo. Mas a Itália ficou..

Na seleção da Itália, posso citar um jogador que na minha opinião(além de ter uma beleza inigualável), joga muito e deveria ser considerado "o melhor jogador" da copa, o Cannavaro. Na da França, sem sombra de dúvida, o mestre se chama Zinedine Zidane, um jogador que se compara aos melhores jogadores do mundo de todos os tempos. E também não seria injusto se recebesse esse mesmo prêmio nessa copa.

Eu sempre fui uma fã declarada de Zidane.. Mas...

Nessa copa que seria a sua despedida do futebol, sua última partida pela França, sua aposentadoria... Depois de alguma provocação do Materazzi, jogador da Itália, perdeu a cabeça, inexplicavelmente(porque nada justifica essa violência), resolveu dar o adeus da pior forma possível, de uma forma violenta, dando uma cabeçada no peito desse jogador, levando-o ao chão, contrariando todas as expectativas, visto que sempre se mostrou tão gentil, educado, calmo e companheiro dos colegas, sendo expulso e não voltando nem mesmo para receber a medalha de prata..

Fato lamentável..

Se eu ainda tinha algum respeito pela França por causa de Zizou, mas já não queria que ela ganhasse antes, depois da saída de um jogador que fazia a diferença, que era a essência viva do tal " futebol arte", para mim, a França poderia perder de 10 x 0.

Quero deixar claro que não julgo o Zidane pelo que fez, apesar do fato(a violência) ser algo abominável. Houve alguns fatores estressantes, não há a menor dúvida. Final de Copa do Mundo, último jogo, aposentadoria, etc.. Tudo isso deve mexer muito com a cabeça de um jogador.. Mas acho que o Zidane poderia sim ter se controlado. Para que serve a experiência afinal?

Mas, contudo, todavia....

Au revoir, France!!!!

Bravo, Azzurri!!!!


Bjo.


Música: Hino da Itália, claro!! rs...

quinta-feira, julho 06, 2006

Depois do inverno, a vida em cores....




Que saudade, agora me aguardem,
Chegaram as tardes de sol a pino,
Pelas ruas, flores e amigos
Me encontram vestindo meu melhor sorriso.

Eu passei um tempo andando no escuro,
Procurando não achar as respostas.
Eu era a causa e a saída de tudo
E eu cavei como um túnel meu caminho de volta.

Me espera amor que estou chegando,
Depois do inverno, a vida em cores.
Me espera amor, nossa temporada das flores.

Eu te trago um milhão de presentes
Que eu achava que já tinha perdido,
Mas estavam na mesma gaveta
Que o calor das pessoas e o amor pela vida...

Me espera, estou chegando com fome
Preparando o campo e a alma para as flores
E quando ouvir alguém falar no meu nome,
Eu te juro que pode acreditar nos rumores.

Me espera amor que estou chegando.
Depois do inverno, a vida em cores.
Me espera amor, nossa temporada das flores.

Temporada das flores, Leoni



Engraçado que eu não conheço nada do trabalho do Leoni, exceto as músicas que tocaram na rádio e que são extremamente populares, até porque acho um pouco breguinhas...Porém essa música me pegou de surpresa.. Pois reflete exatamente o momento que estou vivendo, ou pelo menos, que quero viver. Traduz o que eu queria poder dizer para todas as pessoas que torcem por mim.

Bjo.


Música: Temporada Das Flores do Leoni.

sábado, julho 01, 2006

O Brasil de Luto...




Pois é..
Dessa vez, não deu... De novo...
Perdemos para a França, de novo...
Uma infelicidade maior do que a derrota em si:
Um jogador da França falou a bobagem de que os jogadores brasileiros jogavam bem porque não faziam mais nada, não estudavam, e eles tinham que estudar, trabalhar, etc...
Nunca soube disso...
Sempre soube que todos aqueles jogadores franceses são profissionais, jogam nos melhores clubes da Europa assim como os brasileiros..
Daí pensei da mesma forma infantil:
E se disséssemos que os franceses fazem os melhores perfumes porque fedem muito?
O " fair play" vai por água abaixo...
Sinceramente, fiquei sem entender essa infeliz colocação do francês..
Mas deixa para lá...
Para falar a verdade, foi até bom, assim o povo brasileiro foca sua energia para outras coisas mais produtivas do que o futebol.

Agora:

Vamos Portugal!!!! e Forza Azzurra!!!!!!(Sou mezzo italiana)

Bjo.

Música: Warning Sign do Coldplay.
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Minha família

My kind of Spirit...


You are the elusive Night Spirit.
Your season is Winter, when the stars are bright and frost crystallizes the fallen leaves.
You are introspective, deep-thinking, and mysterious.
Everyone is intrigued and a little intimidated by you because you have an aura of otherworldliness.
You work in extremes, sometime happy, other times sad, but always creative and philosophical.
You are more concerned with the unseen, mystical, and metaphysical than the real world.
Night Spirits have a tendency to get lost in themselves and must be careful not to forget reality, but their imagination is limitless.