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Comecei a escrever no momento em que percebi que só pensar não mais me satisfazia.

Precisava transbordar todo aquele pensamento que só ao meu universo de idéias pertencia.

Hoje, escrevo por pura necessidade, por irresistível vício e por agradável teimosia.




Claudia Pinelli Rêgo Fernandes ®



sexta-feira, setembro 28, 2007

Ser ou não ser baiano...






















Apesar de, logo após fazer esse "teste", ter entrado numa nóia considerável, achando até que meus pais podem ter me adotado num orfanato de outro estado, devo confessar que com alguns dos itens eu me identifico sim, é verdade.

Se você for ou acha que é baiano, faça o teste:



TESTE SUA BAIANIDADE


Você é baiano SE:


1. Você fica "virada(o) na porra" quando chove no fim de semana; (Nem um pouco. Posso até ficar virada na porra, mas por outros motivos.)


2. Agüenta comer pelo menos 2 acarajés sem passar mal; (Confere. Mas prefiro abará.)


3. Chama seu amigo de "corno", "viado"; sua amiga de "nigrinha", "piriguete"e eles não se incomodam; (Não. Se fizer isso, acabo levando porrada.)


4. Acha normal comer um "cacetinho" ou uma "vara"; (Normalíssimo.)


5. Acha legal ficar horas na fila do ferry pra passar o feriadão em uma casa com mais 30 pessoas; (Legal?? Deveria ser proibido por lei!)


6. Já "comeu água" no Chuleta; (Comer água, às vezes até como, mas nem sei onde é esse lugar.)


7. Vive se perdendo no Pelourinho; (Confere.)


8. Chama Graça de "Gáu', Wagner de"Váu", Gilberto de "Gil"; (Não nesses casos. Apesar de adorarrr um apelidinho)


9. Mata o gerúndio: - QuéquicêtáFAZENO? - Eu tô DURMINO"; (Não.)


10. Assiste ao filme OPAIÓ, entende tudo e dá muita risada; (Pode crer.)


11. Fica "rumando" sabonete, alfazema e um monte de tranqueira no mar no dia 02 de fevereiro; (Nunca.)


12. Marca um compromisso prá "de hoje a oito"; (Sempre. Ou de hoje a quinze)


13. Já chamou carinhosamente alguém de "tio", "esse menino" ou "coisinha"; (Acho que sim, hoje não mais.)


14. Fala "na moral", em vez de "por favor"; (Infelizmente, sempre! Esqueceram também de um, que juntamente com o "na moral", é minha marca oficial, o "Velho"...)


15. Acha compreensivo o diálogo, numa esquina do Curuzu:

- Colé de mermo, broder?
- É niúma!!!
- Vô pro reggae, táligado?... Vôcumêágua com os cara!!
- Vá nessa, véi!- Falô, maluco." (Claríssimo! Quer que eu traduza?)


16. Acha legal quando dizem que você é "miseravão" ou "putão"; (Nem pensar. Acho fim de carreira!)


17. É "casquinha" o ano todo, mas abre a mão pra comprar o abadá do "Chicletão"; (Só sou casquinha nessa hora. Chicletão?? Tá louco? Me inclua BEM fora dessa.)


18. Insiste em chamar o "Aeroporto Internacional Deputado LuisEduardoMagalhães" de "Dois de Julho". (Claro que sim!)


19. Já comeu moqueca de miolo, xinxim de bofe, sarapatel, mininico de carneiro, dobradinha, mocotó, buchada, rabada... E gostou. (Vamos esclarecer uns pontos... Xinxim de bofe, sarapatel e dobradinha, eu adoro. O resto, joga no lixo!)

20. Não vai embora, "se pica", "parte a mil", "se sai" e despede-se com um sonoro "fui". (Não.)


Contando as minhas respostas negativas neste teste (a metade), fiquei com uma triste dúvida: se posso, de fato, afirmar que tenho essa "baianidade", tão propalada, dentro de mim...


Só sei uma coisa, sou baiana sim, de berço e coração, e isso é o que realmente importa, não é?



Bjo.




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quinta-feira, setembro 27, 2007

Mais uma desse tal Mister Crazy Bush


A polícia mexicana descobriu um lote de 400 botas feitas com pele de tartaruga. As botas foram fabricadas por Martin Villegas, um dos mais famosos designers do país e que está preso nos Estados Unidos por utilizar, em calçados e cintos, peles de animais em extinção.

Seu cliente mais importante é o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush.

Fonte: http://www.assintecal.org.br/



Vá fazer besteira assim lá nos States!!! Esse ser só faz merda, hein?? God Bless!!


Bjo.




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sexta-feira, setembro 21, 2007

Respeito se mede com palavras?



Afinal, quando usar o VOCÊ ou SENHOR(A)?

Essa é, sem dúvida alguma, uma questão bem interessante. Ela me remonta a quando era pequena, minha avó me chamava para fazer algo, eu de pronto respondia: "o que é?", e logo era repreendida com um "é senhora, menina!". Sempre tive questionamentos sobre aquela pequena celeuma.


Ali, na minha cabeça de criança, esse uso tinha estrita ligação com a idade da pessoa. Hoje cresci e tenho uma teoria, que em princípio pode parecer simplista, e talvez seja mesmo, mas na qual eu acredito há um bom tempo.


Creio que essa questão toda de pronome de tratamento tem a ver, de um lado, com a intenção de quem fala e do outro, com a arrogância ou não, de quem o exige.


Assim, você pode chamar alguém de "você" e ainda manter um nível de respeito elevado, e, como nos nossos bordéis legislativos, usar Vossa Excelência para iniciar um caloroso xingamento ou uma clara acusação. Tudo deveras relativo.


E ainda, ser obrigado a chamar um juiz corrupto ou um jornalista de meia tigela de Meritíssimo, Senhor ou Vossa Senhoria quando com toda a arrogância que lhes é peculiar, rosnam: "Você sabe com quem está falando?" .


Daí cheguei à conclusão que a intenção é, definitivamente, o que importa, e que o mal do arrogante é quase sempre não saber nem a metade do que acha que sabe.






Claudia Fernandes






(Baseado em meu próprio comentário a tópico do blog Todo Prosa.)





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quinta-feira, setembro 20, 2007

Quem dera...




Quem dera os humanos
ainda se considerassem
anjos ou animais...
Talvez assim
eles relembrassem
o doce gosto da inocência perdida
e aproveitassem mais
a hoje ignorada sensação de ser livre.


Claudia Pinelli Fernandes


(Vale sublinhar que esse pássaro "poser" da foto é real. )





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quarta-feira, setembro 19, 2007

Um bando de mal educados!!



Ontem, li na Folha Online uma reportagem que tinha como título "Brasil investe mal e pouco na educação, conclui estudo".

Nem precisava desta notícia para me deixar, como cidadã, e principalmente como educadora, do jeito que já estou há algum tempo: muito triste com a simples constatação de que a Educação, nos dias atuais, se traduz apenas em prosopopéia de político antes de eleição, professores ganhando salários simbólicos, aprovação em massa, um amontoado de livros que ninguém lê, lápis e borrachas intactos e rios de dinheiro desviados para propósitos muito menos importantes.

Mas convenhamos, por que "eles" investiriam em Educação, uma vez que esta seria a mais poderosa arma que as pessoas teriam para iniciar uma real transformação, cuja consequência levaria a uma mudança do status quo vigente há séculos??

Quem tem interessse em um povo educado, crítico e bem informado?

Quem????


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Em 20 de junho de 2007, escrevi esse poeminha:


Crônica de uma revanche anunciada

Para todo excesso, há um limite
às vezes demora de chegar
mas pode estourar como dinamite.

O Brasil é um terreno propício
políticos que só roubam
e o povo jogado no precipício.

Vinte anos, cem anos e nada muda
entra governo, sai governo
ninguém faz, ninguém ajuda.

O povo foi condicionado a não ver
é mais fácil fechar os olhos
e a sagrada esmola receber.

Mas a paciência enfim se esgotou
Basta de descaso, senhores!
A cegueira da omissão já acabou!

Os olhos do povo estão bem abertos
Chega de só esperar
e só conseguir caminhos incertos.

A passividade criada para ser arsenal
antes tão útil e necessária
será a arma que fará o ataque final.

Não dá mais para o povo suportar
é só corrupção e roubo
educação posta em último lugar.

Hospitais sucateados, desigualdade social
gente com fome, com frio
sem nenhuma esperança ou ideal.

O ultimato já está aqui lançado
ou mudam as prioridades
ou a próxima eleição mostrará o resultado.


Claudia Fernandes



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segunda-feira, setembro 17, 2007

Focos diferentes, diferentes realidades



Penso que, às vezes, face a uma realidade surreal e inacreditável, o melhor a se fazer é aparentar não entender nada do que está acontecendo, fingir-se de bobo, mudar o foco, tomar uns alexanders e viajar na imensidão da ultra-realidade ou abrir um bom livro e procurar lá dentro uma outra realidade muito mais interessante.


Você certamente encontrará.



Claudia Fernandes



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sábado, setembro 15, 2007

O último rincão de pureza


Foto publicada no Daily Mail de Londres


Um amor puro e real existe?
hoje não tenho uma resposta
minha fé, com afinco, insiste
e no sentimento ainda aposta
apesar de bem fraca já estar
procura nas coisas um sinal
mas, enfim, além dos bichos
todo esse amor incondicional
e ausência de fúteis caprichos
onde mais poderei encontrar?


Claudia Fernandes



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quarta-feira, setembro 12, 2007

A volta do Led Zeppelin


Foto - Divulgação

A banda britânica Led Zeppelin, uma das mais influentes da história do rock, anunciou nesta quarta-feira que reunirá os remanescentes de sua formação original (o vocalista Robert Plant, o guitarrista Jimi Page e o baixista John Paul Jones) para um único show em homenagem ao executivo Ahmet Ertegun, morto no ano passado. O show será realizado no dia 26 de novembro na O2 Arena, em Londres, em benefício da Ahmet Ertegun Education Fund, que financia bolsas de estudo nos EUA, Inglaterra e Turquia.
Ahmet Ertegun foi um executivo da Atlantic Records que teve papel fundamental na carreira do Led Zeppelin, bem como no crescimento da soul music e de artistas como Neil Young, Ray Charles e Dire Straits. Amante do futebol, ele também foi co-fundador do time norte-americano New York Cosmos.

Para completar a formação, foi escalado o filho do baterista original John Bonhan, Jason. O Led Zeppelin só se apresentou duas vezes após a morte de John Bonham, em 1980: uma no mega-concerto Live Aid, em 1985, com Phil Collins e Tony Thompson na bateria; e outra em 1988, no aniversário de 40 anos da Atlantic Records, já com Jason nas baquetas.

Redação do Uol.

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Em dias de perda de poema, Renan, absolvição, políticos safados, voto fechado etc., saber do retorno às atividades(mesmo que para um show apenas) de uma banda que há tempos não mostrava as caras e da qual sou fã desde que ainda era um feto é, de fato e de direito, uma grande alegria. Mesmo que, na realidade, a essa alegria só os ingleses terão acesso.


Lucky guys!



Bjo.
Neste post, ouça:




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sábado, setembro 08, 2007

Apelo!




Amigos e leitores

Sem querer, deletei um poema de minha autoria, chamado Tempus Fugit, publicado no dia 31 de agosto, no meu blog de poesia, o
Prosaicos Poemas.

Estou muito triste, de uma forma que para mim é novidade, pois apesar de já ter sofrido algo parecido, quando uma vez perdi algumas fotografias, minha atividade poética é bem recente, portanto nunca soube o que é perder algo criado completamente por mim.

E confesso que está sendo terrível. Desde o dia do acontecido, sinto uma dor no peito.. Um aperto, nem sei explicar.

Caso alguém o tenha guardado, gostaria de pedir, encarecidamente, que me mande o referido texto, para que eu possa republicá-lo aqui (e porque era um de meus prediletos).

Desde já, imensamente agradecida,


Claudia Fernandes (de luto)

quarta-feira, setembro 05, 2007

O tempo foge...



Tempo que foge!

Ricardo Godim



Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora.

Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas.

As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.

Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.

Não tolero gabolices.

Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos.

Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo.

Não vou mais a workshops onde se ensina como converter milhões usando uma fórmula de poucos pontos. Não quero que me convidem para eventos de um fim-de-semana com a proposta de abalar o milênio.

Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos parlamentares e regimentos internos.

Não gosto de assembléias ordinárias em que as organizações procuram se proteger e perpetuar através de infindáveis detalhes organizacionais.

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.

Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de "confrontação", onde "tiramos fatos a limpo".

Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário do coral.

Já não tenho tempo para debater vírgulas, detalhes gramaticais sutis, ou sobre as diferentes traduções da Bíblia. Não quero ficar explicando porque gosto da Nova Versão Internacional das Escrituras, só porque há um grupo que a considera herética.

Minha resposta será curta e delicada:
-- Gosto, e ponto final!

Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: "As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos".

Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos.

Já não tenho tempo para ficar explicando aos medianos se estou ou não perdendo a fé porque admiro a poesia do Chico Buarque e do Vinicius de Moraes; a voz da Maria Bethânia; os livros de Machado de Assis, Thomas Mann, Ernest Hemingway e José Lins do Rego.

Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, que não se encanta com triunfos, não se considera eleita para a "última hora"; não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja andar humildemente com Deus.

Caminhar perto delas nunca será perda de tempo!!!



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Se eu pudesse assinar esse texto, assinaria...

O autor escreveu exatamente o que tenho sentido ultimamente.


Bjo.




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Minha família

My kind of Spirit...


You are the elusive Night Spirit.
Your season is Winter, when the stars are bright and frost crystallizes the fallen leaves.
You are introspective, deep-thinking, and mysterious.
Everyone is intrigued and a little intimidated by you because you have an aura of otherworldliness.
You work in extremes, sometime happy, other times sad, but always creative and philosophical.
You are more concerned with the unseen, mystical, and metaphysical than the real world.
Night Spirits have a tendency to get lost in themselves and must be careful not to forget reality, but their imagination is limitless.