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Comecei a escrever no momento em que percebi que só pensar não mais me satisfazia.

Precisava transbordar todo aquele pensamento que só ao meu universo de idéias pertencia.

Hoje, escrevo por pura necessidade, por irresistível vício e por agradável teimosia.




Claudia Pinelli Rêgo Fernandes ®



sexta-feira, abril 27, 2007

Tudo depende do ponto de vista






Tudo depende do ponto de vista


Dependendo do ponto de vista, você pode ser grosso ou delicado

Dependendo do ponto de vista, você pode ser sério ou engraçado

Dependendo do ponto de vista, você pode ser pardo ou amarelo

Dependendo do ponto de vista, você pode ser feio ou belo

Dependendo do ponto de vista, você pode ser querido ou odiado

Dependendo do ponto de vista, você pode ser macho ou viado

Dependendo do ponto de vista, você pode ser inteligente ou estúpido

Dependendo do ponto de vista, você pode ser louco ou lúcido

Dependendo do ponto de vista, você pode ser honesto ou ladrão

Dependendo do ponto de vista, você pode ser empregado ou patrão

Dependendo do ponto de vista, você pode ser tudo e não ser nada.

Dependendo do ponto de vista, você pode ser uma grande piada.

Sem graça...




Portanto, libere-se dessa prisão sendo exatamente quem você é...



Você.



Claudia Fernandes





Bjo!





Música: I am what I am - Gloria Gaynor.

domingo, abril 22, 2007

Follow your Heart...




As aparências enganam
É o que sempre estão a dizer
Mas por que deixar se enganar?
Se só depende de você


Abra os olhos e o coração
E não queira apenas ver
Sinta com toda a emoção
Tente a magia perceber


E dessa forma
Um outro mundo surgirá
Sem limite, sem norma
Uma nova visão lhe dará.


Quando acontecer afinal
Aproveite e mergulhe nesse mar
Seu crescimento será surreal
E dessa você mais forte sairá




Claudia Fernandes ®





Bjo.






Música: The Real Sky do Jeff Cole.

sexta-feira, abril 20, 2007

O Avesso do Avesso...


Andei me perguntando
Ser profundo para quê?
Se ser raso é sempre mais fácil
E as pessoas não parecem
A Sutileza entender

Andei me pergutando
Ser natural a pena valerá?
Se o que há é um culto ao artificial
E as pessoas parecem
Da Simplicidade abdicar

Andei me perguntando
Ser poético para quê?
Se ser prosaico é mais ágil
E as pessoas não parecem
A Magia perceber

Andei me perguntando
Ser delicado algum valor terá?
Quando ser duro é mais admirável
E as pessoas até parecem
Da Aspereza gostar

Andei me perguntando
Ser sincero para quê?
Se ser falso dá menos trabalho
E as pessoas parecem
Da Mentira depender

Andei me perguntando
Buscar o abstrato algum valor terá?
Quando o concreto é mais palpável
E as pessoas apenas parecem
Do Material precisar

Mesmo depois de tanto perguntar
Ainda não pude a sorte ter
De achar uma definição
Que pudesse me responder

Por que tanta mentira e cada vez mais
Admiração pelo materialismo
E tanto desprezo por coisas essenciais
Como a natureza, a simplicidade, o lirismo

As pessoas andam absortas
Numa estranha superficialidade
Só as aparências importam
Numa ode insana à vaidade

Apenas a embalagem tem valor
O conteúdo é mais um detalhe
Ler cansa, não interessa
- Preciso correr, tenho pressa!!

Por esse motivo, deixam as portas abertas
E perdem o melhor da vida, sem saber:
Uma viagem de grandes descobertas
Mais conhecida apenas por "Ser"

Claudia Fernandes ®

Uma boa sexta-feira para todos..Sem pressa... Aproveitando a vida em toda a sua complexidade e sutileza e nas pequenas coisas também (que são enormes, na verdade).

Bjo.

Música: Pétala do Djavan.

sexta-feira, abril 13, 2007

Olhe...


Olhe..

Olhe com mais atenção e jeito...

Perceba como somos tão belas..

Mas também temos algum defeito..



Mas quem foi que disse

(creio que com alguma intenção)

Que beleza tem sempre que estar

Associada à perfeição?



Há beleza em muitos lugares

Em muitas formas até

A beleza está na diferença

De cor, de raça, de idade, de axé



Abra os olhos e saiba

Reconhecer as verdadeiras belezas que há

Sempre no plural

E nunca apenas no singular



E poderá enfim

Após aprender a intuir

Dizer que o belo não é o que se impõe

Mas aquilo que se faz sentir.




Claudia Fernandes ®







Bjo.


Música: Legião Urbana - Perfeição.

quinta-feira, abril 12, 2007

Revolução da alma



Revolução da Alma - Paulo Roberto Gaefke



Ninguém é dono da sua felicidade,
por isso não entregue sua alegria,
sua paz,
sua vida nas mãos de ninguém,
absolutamente ninguém.


Somos livres,
não pertencemos a ninguém e não podemos
querer ser donos dos desejos,
da vontade ou dos sonhos de quem quer que seja.


Se você anda repetindo muito
"eu preciso tanto de você"
ou,"você é a razão da minha vida",
cuide-se.


Remova essas palavras e principalmente
a ação dessas palavras da sua vida,
pois fazem muito mal ao seu "eu" interior.
A razão da sua vida é você mesmo.


A tua paz interior é a tua meta de vida,
quando sentires um vazio na alma,
quando acreditares que ainda está faltando algo,
mesmo tendo tudo,
remete teu pensamento para os teus desejos
mais íntimos e busque a divindade que existe em você.
Pare de colocar sua felicidade cada dia mais distante de você.


Não coloque objetivos longe demais de suas mãos,
abrace os que estão ao seu alcance hoje.


Se andas desesperado por problemas financeiros,
amorosos ou de relacionamentos familiares,
busca em teu interior a resposta para acalmar-te,
você é reflexo do que pensas diariamente.

Pare de pensar mal de você mesmo,
e seja seu melhor amigo sempre.


Sorrir significa aprovar, aceitar, felicitar.
Então abra um sorriso para aprovar
o mundo que te quer oferecer o melhor.
Com um sorriso no rosto as pessoas terão as
melhores impressões de você,
e você estará afirmando para você mesmo,
que está "pronto"para ser feliz.


Trabalhe, trabalhe muito a seu favor.
Pare de esperar a felicidade sem esforços.
Pare de exigir das pessoas aquilo que nem
você conquistou ainda.
Critique menos, trabalhe mais.


E, não se esqueça nunca de agradecer.
Quando você agradece,
Deus recebe seu coração.
Agradeça tudo que está em sua vida nesse momento,
inclusive a dor .

Nossa compreensão do universo ainda é muito pequena para julgar o que
quer que seja na nossa vida.
Por fim,
acredite que não estamos sozinhos um instante sequer.
Você pode,
através de uma oração simples e de coração buscar Aquele* que é maior que quaisquer problemas.





"A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las." Aristóteles




Achei esse texto bem bacana, como auto-ajuda mesmo, porque nem só de Saramago, Nietzsche, Shoppenhauer e outros é que se vive.. E confesso que o li muitas vezes num momento por que passei e no qual o que mais precisei foi de qualquer tipo de ajuda, até a auto, e creia, essa é a mais difícil de se conseguir, porque lá, exatamente nessa hora, não tem ninguém que possa te ajudar.

Se é que me entendem...


* Aqui faço minha própria leitura.. Como não sou tão crente numa força meio que humanizada de um Deus, creio que "Aquele" poderia, para mim, ser a natureza, uma energia superior, uma força maior etc...

Você faz sua leitura de acordo com suas crenças.



Bjo.











Música: André Mehmari e Ná Ozzetti - Pérolas aos poucos.

terça-feira, abril 10, 2007

Ask the Dust...




Aqui dentro, o tempo passa devagar
Estás seguro
Dentro de uma redoma, num andor
Que insiste em te salvar
Dos prazeres ditos impuros
E te tornar imune à dor.
Aqui não há ilusões fazendo arte...
Nem mentiras fáceis de crer..


Lá fora, as horas teimam em voar
Estás vivo
Numa realidade cheia de cor
Que prefere te empurrar
Para um mundo mais ativo
Com luz e com mais amor.

Lá a ilusão está por toda parte...
Nem tudo é o que parece ser...


Vives olhando pela janela, só...
Imaginando qual o melhor lugar

Se na segurança do abrigo
Sem luz, sem emoção
Ou na liberdade do perigo
Sem teto, nem chão.


Daqui de dentro, olhas para fora e vês o pó..
O pó que teima em te acompanhar
O pó que te persegue dia e noite
Talvez só ele possa ajudar
Com essa dúvida que é como um açoite
E sempre ressurge para te angustiar.



Claudia Fernandes ®


*Poema livremente inspirado no livro Ask the Dust do John Fante.





Bjo.






Música: So long, Marianne do Leonard Cohen.

sábado, abril 07, 2007

Dance, monkeys, dance!!!

Vejam isso:





Assistindo a esse vídeo, me lembrei de uma passagem de Matrix que eu adoro, e que aborda, de certa forma, esse mesmo assunto:

Ei-la:



"I'd like to share a revelation that I've had during my time here.

It came to me when I tried to classify your species.

I realized that you're not actually mammals.

Every mammal on this planet instinctively develops a natural equilibrium with the surrounding environment, but you humans do not.

You move to an area, and you multiply, and multiply, until every natural resource is consumed.

The only way you can survive is to spread to another area.

There is another organism on this planet that follows the same pattern:

A virus.

Human beings are a disease,
a cancer of this planet,
you are a plague,
and we are the cure."



(trecho de Matrix)





Bjo.







Música: Adrian Belew - Burned by the fire we make.

quarta-feira, abril 04, 2007

Puro Sentimento...


A extinção dos sentimentos - Márcio Salgues


Nosso chamado mundo moderno tem sido pródigo na criação e distribuição de valores, comportamentos, costumes e conceitos de consumo rápido, práticos, descartáveis, embalados para presente. E os efeitos da tal globalização não se restringem às mazelas sociais que vemos desfilar diante dos nossos olhos diariamente. Vão mais além. Fogem das esferas econômicas e influenciam até sentimentos mais íntimos como o amor.


Claro que sempre houve um materialismo embutido nas relações formais, nem sempre amorosas, desde longa data. O conceito de dote, por exemplo, ainda hoje é aceitável e praticado em diversas partes do mundo. A civilização ocidental, curiosamente, apesar de ter abolido o costume e a exigência prática do dote nas uniões entre homem e mulher, criou um mecanismo ainda mais mesquinho. Incutiu na cabeça de todos que o conceito de amor é secundário. Que, antes de tudo, em detrimento desse mesmo amor, é mais importante ser bem sucedido financeiramente. Que o mais importante é ter do que amar.


É incontestável, obviamente, a necessidade de se alcançar uma certa tranqüilidade” e estabilidade profissional e financeira quando duas pessoas pensam em formalizar um amor verdadeiro, juntar as escovas de dente, lavar cuecas e calcinhas – ou só cuecas, ou só calcinhas – no mesmo tanque, enfim... Afinal, não existem contos de fada. Mas, não é apenas esse pensamento que está movendo as engrenagens das relações pessoais. Uma criatura estranha toma forma. Uma espécie de amor globalizado pós-moderno. Insensível, pragmático e materialista.


A poesia está sendo assassinada. Os sentimentos relegados. Aquela coisinha abstrata que ninguém pode tocar ou roubar. Aquilo que demos o nome de “amor”. Esse sentimento que deu à luz a tantos versos às custas das almas açoitadas de outros tantos poetas; que alimentou e ainda alimenta tantos corações, tantas histórias.


Sim, essas percepções vão-se tornando raras, sendo soterradas pela cegueira da vida moderna. Vão-se extinguindo.


E a vida segue, com homens e mulheres, a se exigirem entre si, contas bancárias, apartamento próprio e, pelo menos, um carro descente e um bom emprego. Outros a amarem com contratos pré-nupciais bem explícitos no que tange aos bens e, ainda assim, com prazo de validade desse amor definido.


A impressão é que só uns poucos ainda ousam amar e ainda conseguem enxergar poesia na vida, a despeito das justas obrigações e preocupações cotidianas. Encontram o equilíbrio e o bom senso. E são mais felizes.
Contudo, a insanidade coletiva cotidiana, a ânsia por sobreviver dentro de certos padrões financeiros ou mesmo para alcançar um padrão mais elevado, além do apelo constante pela noção distorcida de sucesso que nos é imposta pelo mundo, aborta aos poucos a composição de novos versos, converte poetas em vendedores desalmados, corações em meras bombas sangüíneas e a existência numa vida sem vida, inerte e fria.






Belo texto..

E pensar que o Marcinho é meu amigo. Fico super feliz por ele. Além de achar muito certo o que ele escreveu.
O amor está sendo relegado a segundo plano e sempre através de desculpas esfarrapadas.
As pessoas deixam de amar verdadeiramente por motivos tão artificiais, que chegam a ser inacreditáveis.
A prioridade pode ser o trabalho, a carreira, o dinheiro, a fama, etc...
Quando na verdade a prioridade deveria ser sempre o amor.
Sem amor todas essas outras coisas ficam vazias e sem graça.

Sou uma das raras "Hopeless romantic" ainda vivas e que não morreu de tuberculose... rs...
Creio que sou também uma das poucas "que ainda ousam amar e que ainda conseguem enxergar poesia na vida".
Porque sempre acreditei que sem esse amor, sem essa paixão, a vida fica sem graça, sem VIDA.





Bjo.







Música: Through her eyes - Dream Theater.
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My kind of Spirit...


You are the elusive Night Spirit.
Your season is Winter, when the stars are bright and frost crystallizes the fallen leaves.
You are introspective, deep-thinking, and mysterious.
Everyone is intrigued and a little intimidated by you because you have an aura of otherworldliness.
You work in extremes, sometime happy, other times sad, but always creative and philosophical.
You are more concerned with the unseen, mystical, and metaphysical than the real world.
Night Spirits have a tendency to get lost in themselves and must be careful not to forget reality, but their imagination is limitless.