A lua no alto sorri bem largo lembra-me logo o gato de Alice olhou para mim e como um mago sem pestanejar de lá logo disse:
Depende do lugar aonde quer ir, cherrie! Como ele sabia o que eu iria perguntar? Mas não me importava saber aonde ir queria apenas chegar a algum lugar
Então falou enigmático o sorriso: Se quer apenas a um ponto chegar nenhum grande esforço é preciso Pois isso é lógico que acontecerá.
Olhei novamente para o sorriso-lua e sorri também, em agradecimento Em um lapso de tempo, ali na rua aprendi aquele lindo ensinamento.
Na minha humilde opinião, a impunidade é uma das principais causas dessa barbárie que estamos vivendo no momento.(Poderia citar muitas outras, mas isso aqui deixaria de ser uma pílula apenas e passaria a ser um tratado sobre o assunto. E não é essa a minha intenção.)
É óbvio que a paixão descontrolada e a vontade de matar sempre existiram em seu aspecto psicológico, isto é, dentro da mente humana, desde que o homem é conhecido como tal. E algumas vezes, o que era apenas um pensamento, acabava ocorrendo na realidade. E como consequências desses sentimentos, são cometidos os homicídios “justificáveis”, tendo por causas diretas diversos fatores como os sociais, econômicos, culturais, comportamentais etc… Podemos até dizer que esse instinto de matar por paixão, por sobrevivência são "aceitáveis", porquanto faz parte da natureza humana.
O que eu tento salientar, nessas parcas linhas, é essa imagem de câncer metastático em que se transformou algo que costumava ser controlável, e com o qual as sociedades podiam lidar com alguma eficiência. Falo dessa banalização da violência, da falta de respeito pela vida alheia e do aumento dos assassinatos, os quais só se multiplicaram dessa forma desenfreada depois da disseminação de uma cultura da impunidade. Não só da impunidade, mas da certeza absoluta desta.
Urge revermos nossas instituições: no legislativo, escolhendo homens de bem para escrever as leis, para que sejam assegurados a igualdade, a justiça e o fim de regalias exclusivas para poucos; no judiciário, resgatando a credibilidade de nossos juízes e do seu imprescindível papel - aplicar a justiça; e no executivo, elegendo políticos sérios e com interesse em promover o social, a cultura e o bem estar, ou seja, com vontade de tirar o Brasil desse caos em que se instalou. Precisamos resgatar a confiança nas instituições, a ética perdida e a dignidade como pessoa. Em suma, ou resolvemos todos esses entraves acima, entre outros, ou a violência só recrudescerá. Sem cerimônia.
Mesmo que, para mim, já esteja tudo perdido.
Desculpe meu evidente pessimismo.
Bjo.
* Texto desenvolvido depois de ler e comentar um post no Blog do Zé:
Frida Kahlo nasceu em Coyoacan, México, em 6 de julho de 1907, filha de pai alemão e mãe mexicana. Já bem garota sofreu de poliomielite, doença que lhe trouxe uma leve deficência física e uma lesão no pé direito. Este problema se recrudesceria com um acidente de ônibus, no qual teve a espinha fraturada, o que a deixou paralítica. Foi nesse período, em que ficava deitada todo o tempo, que começaram seus primeiros passos na pintura.
Foi casada com seu grande amor, o também pintor Diego Rivera, mas entre romances extra-conjugais dele e brigas frequentes, o casal se divorciou em 1940.
Entre 1937 e 1939, acolheu Leon Trotski em sua casa de Coyoacan.
Hoje, sua casa familiar conhecida como "Casa Azul" é a sede do Museu Frida Kahlo. Lá a sua arte, seu diário, sua vida e seu legado de perseverança, de genialidade, de beleza, à sua maneira, continuarão preservados e acessíveis, e assim as pessoas terão o prazer de conhecer a força e a beleza de sua obra que permanecerá viva para sempre.
Frida Kahlo foi, além de pintora genial e grande artista, uma mulher guerreira e forte, que lutou contra adversidades terríveis, e ainda assim foi capaz de transformar toda essa tragédia pessoal em criatividade.
Ela conseguiu manter uma postura política firme, e durante toda a sua vida, foi uma crítica ferrenha do imperialismo, nunca se deixando corromper pelos ideais capitalistas vindos dos EUA(Gringolândia), além de ter feito da sua via crucis, de seu próprio sofrimento, o material temático para sua arte universal e única. Frida Kahlo foi genial porque subverteu, sublimou e transcendeu a arte e pintou seus dramas, suas dores e suas aflições.
Frida morreu aos 47 anos. Oficialmente, a morte foi causada por embolia pulmonar, mas há uma forte suspeita de suicídio. Pouco antes de morrer, teria dito: "''Espero a partida com alegria... e espero nunca mais voltar... ", frase que sempre que eu leio, me emociona profundamente.
Desde o momento em que conheci a Frida Kahlo mulher, pintora, artista, feminista, engajada politicamente, fiquei fascinada por tudo que ela representava. Uma figura de uma beleza fora dos padrões, que se vestia de uma forma altamente regional(já chamando atenção para os problemas dos índios), a sua arte autobiográfica, melancólica, seus textos, o fato de ser uma deficiente física, latino-americana, valente, autêntica, bissexual num país extremamente machista, enfim, tudo o que geralmente é censurável numa pessoa, até nos dias de hoje.
Salve, Frida Kahlo!
Além desse texto, também escrevi um poema para ela. Leia-o aqui:
''Para que preciso de pés quando tenho asas para voar?''
''Pinto a mim mesmo porque sou sozinha e porque sou o assunto que conheço melhor.''
''Diego está na minha urina, na minha boca, no meu coração, na minha loucura, no meu sono, nas paisagens, na comida, no metal, na doença, na imaginação.''
''Ele leva uma vida plena, sem o vazio da minha. Não tenho nada porque não o tenho.''
Um ministro americano recebeu, na California, um ministro brasileiro. Simpático, o americano convidou o brasileiro a ir à sua residência. O ministro brasileiro foi e ficou espantado com a bela vivenda. Em um bairro chiquérrimo e com piscina. Com a informalidade, o brasileiro pôs-se a fazer perguntas.
- Com um ordenado não tão pujante, como é que o meu amigo conseguiu tudo isto? Não me diga que era rico antes de ir para o Governo?
O ministro americano sorriu, disse que não, antes não era rico. E em jeito de quem quer dar explicações, convidou o amigo a ir até a janela.
- Está vendo aquela auto-estrada?
- Sim, respondeu o brasileiro.
- Pois ela foi feita por 100 milhões. Mas, na verdade, só custou 90... disse o americano, piscando o olho.
Semanas depois, o ministro americano veio ao Brasil. O brasileiro quis retribuir a simpatia e convidou-o a ir em sua casa. Era um palácio, com varandas viradas para o pôr-do-sol, jardins japoneses e piscinas em cascata. O americano nem queria acreditar, gaguejou perguntas sobre como era possível um homem público ter uma mansão daquelas. O brasileiro levou-o à janela.
- Está vendo aquela auto-estrada?
- Não!
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Isso nunca ocorreria aqui, não é? Não seria intriga de oposição? Deve ser só uma piada engraçada. Afinal, aqui não tem corrupção.
Como não possuo o dom de adivinhar o desejo de todas as pessoas do mundo, resta-me o prazer de dar aquilo que tenho de mais concreto e fecundo. Portanto, deixo aqui algo que, em algum momento de lucidez ou de loucura, fui capaz de fazer. Ofereço poesia, fotografia e um pouco de mim, já que tão pouco tenho a oferecer.
You are the elusive Night Spirit. Your season is Winter, when the stars are bright and frost crystallizes the fallen leaves. You are introspective, deep-thinking, and mysterious. Everyone is intrigued and a little intimidated by you because you have an aura of otherworldliness. You work in extremes, sometime happy, other times sad, but always creative and philosophical. You are more concerned with the unseen, mystical, and metaphysical than the real world. Night Spirits have a tendency to get lost in themselves and must be careful not to forget reality, but their imagination is limitless.