________________________________


Comecei a escrever no momento em que percebi que só pensar não mais me satisfazia.

Precisava transbordar todo aquele pensamento que só ao meu universo de idéias pertencia.

Hoje, escrevo por pura necessidade, por irresistível vício e por agradável teimosia.




Claudia Pinelli Rêgo Fernandes ®



sexta-feira, agosto 31, 2007

Pensamentos...


(No dia de meu aniversário...)


Virginiana...

...eu sou desde que nasci.

Num dia 30, dei entrada nesse lado da vida...

...que ainda não conhecia.



Tive muita sorte...

...pois ganhei de presente uma família maravilhosa.

...fiz amigos, não muitos, só os necessários.

...achei o amor de minha vida, que por sua vez, me ama com uma paixão ardorosa.

...na maioria das vezes, pude cultivar minha personalidade livremente, mesmo que em algumas dessas vezes, acabei por desagradar a vários.

...adquiri uma companhia amiga, que hoje se tornou indispensável, a música, que me salva, sempre, de uma forma milagrosa.


Fiz besteiras...

...nunca fui ambiciosa o suficiente.

...preferia me isolar numa solitária ilha.

...talvez não tenha explorado toda a minha formação acadêmica como deveria.

...desisti de muitas conquistas por medo de ficar longe da família.

...já quis morrer e vivi muito tempo sem me dar conta de toda a sorte que teria.


Estou aprendendo...

...a enxergar com o coração(de verdade).

...a perceber que a felicidade está nas pequenas coisas e depende unicamente do seu estado de espírito, e de mais nada.

...que a morte deve fazer parte da nossa vida, mas sem traumas, sem neuras, por isso, tento encarar esse fato mais naturalmente, mesmo sabendo que, para mim, isto ainda um lento aprendizado será.

...que um fato terrível, como a depressão, pode me fazer crescer e me deixar muito mais consistente e em sintonia com algo muito maior, algo misterioso até, mas só se eu quiser ser ajudada.

...que o amor é o sentimento propulsor para todas as coisas pelas quais valem realmente a pena lutar.


Hoje...

...deixo aflorar minha intuição e criatividade com leveza e com toda a verdade que eu possa ter em meu ser, como se estivesse nua.

...toda a minha criação é como uma terapia, pois me faz retornar para dentro de mim mesma e leva quem porventura entra em contato com ela a uma estrada que dá em um lugar que antes era só meu e só eu conhecia, minha alma de poeta.

...tenho a consciência de que existe uma história única e especial para cada um de nós e que cada pessoa deve ter orgulho da sua, não por parecer um lindo sonho, mas pelo simples fato de ser exatamente como ela é, sua.

...ainda consigo me surpreender comigo e com meus extremos. Consigo ir da genialidade(rara, claro) à insanidade completa.



Virginiana...

...até morrer serei.


Um dia deixarei esse lado da vida...


...mas quando, ainda não sei.




Claudia Fernandes




E para acompanhar o texto, ofereço um clássico do Progressivo, Epitaph do King Crimson.

Enjoy it!!!



Bjo.




Visite também:


Prosaicos Poemas

terça-feira, agosto 28, 2007

Não sei porque, mas te odeio...



Um rapaz ia atravessando a rua, distraído, quando de repente, do outro lado, um homem aparentando ser mais velho que ele, pôs-se a gritar:
- Ei, você!
O rapaz respondeu surpreso:
- Eu?
E ele continuou:
- Sim, é você mesmo!
O rapaz sem saber do que se tratava, resolveu perguntar:
- Pois não?
E o homem já aos berros, dizia:
- Eu te odeio!
O rapaz começou a ficar preocupado:
- Por que, senhor? Eu lhe fiz algum mal?
O homem:
- Não!
O rapaz:
- Machuquei ou agredi algum familiar seu?
O homem:
- Não!
O rapaz foi ficando impaciente:
- Namorei alguém especial para o senhor?
O homem, nervosíssimo:
- Não!
O rapaz, sem saber nem mais o que perguntar:
- Concorremos à mesma vaga de emprego?
O homem com um grito estridente:
- Não!
O rapaz decidiu argumentar:
- Mas ninguém odeia à-toa... O senhor deve ter algum motivo para me odiar.
O homem já descontrolado:
- Eu te odeio... Eu te odeio! Isso não lhe basta?
O rapaz seguro, repetia:
- Claro que não. Preciso saber o motivo de tanto ódio.
Sem saber, o rapaz ia deixando o homem ainda mais exasperado:
- Não vou dizer!
E para tentar reverter a situação, o rapaz foi abaixando a voz, tentando deixar o homem mais calmo:
- Vamos lá... Diga. Que motivo o senhor tem para me odiar?
Foi então que, depois de tantas perguntas, o homem foi retornando de sua crise psicótica e chegou a uma estranha conclusão:
- É... Bem... Eu juro que até 15 minutos atrás eu tinha... Eu tinha! Mas esqueci!
O rapaz aproveitou e fez a pergunta que não queria calar:
- Sei... E agora, neste exato momento, o que o senhor sente por mim?
- Nada.
O rapaz já sem entender coisa alguma:
- Nada?
Ele repetia:
- É, nada.
O rapaz, num misto de espanto e alívio, exclamou:
- Então dá cá um abraço!
O homem devia comungar dos mesmos sentimentos, pois com uma cara de susto, respondeu:
- Um abraço? Tá.
O rapaz, agora já feliz por não ter sido assassinado, disse:
- E então? Amigos?
E o homem, com um sorriso nos lábios:
- Claro! Amigos...
O rapaz sentindo por aquele homem algo entre raiva do assassino e gratidão por estar vivo, esticou sua mão e falou:
- Toca aqui, amigão!
O homem, com o rosto tomado por um imenso sorriso, não disse nada, apenas apertou a sua mão com toda a força que tinha naquele momento e seguiu seu caminho...



Claudia Fernandes



Bjo.



Visite também:


Prosaicos Poemas

sexta-feira, agosto 17, 2007

Americanos não são estúpidos

Será mesmo?
Cheguem a suas próprias conclusões:






Um bjo.



Visite também:


Prosaicos Poemas


Ouça:

terça-feira, agosto 14, 2007

Cartinha aberta...




Amém!



Bjo.




Visite também:


Prosaicos Poemas

sexta-feira, agosto 10, 2007

Não falei, seus otários??


(Foto retirada da internet - br.news.yahoo.com)


Agencia Estado - 9/8/2007 07:23


STF arquiva ação por causa da idade de Maluf


O Supremo Tribunal Federal (STF) decretou arquivamento do processo criminal aberto contra o deputado e ex-prefeito Paulo Maluf por suposto envolvimento em desvio de recursos públicos municipais destinados a uma obra complementar do Complexo Viário Ayrton Senna, em São Paulo. A decisão foi tomada pelo ministro Eros Grau, que acolheu parecer do Ministério Público Federal e declarou extinta a punibilidade de Maluf pela prescrição da pena a que ele estaria sujeito.


Como tem mais de 70 anos, Maluf foi beneficiado pelo critério previsto no Código Penal que reduz pela metade o prazo que a Justiça tem para punir um acusado nessa condição. A investigação atribuía ao ex-prefeito crimes de corrupção e falsidade ideológica, conforme artigo 1.º do decreto-lei 201/67, que trata de delitos penais cometidos por administradores municipais.
O desvio imputado a Maluf teria ocorrido em 1996, último ano de sua gestão como prefeito.

"Consumou-se o lapso prescricional desde 2004", destacou a subprocuradora-geral da República Cláudia Sampaio Marques.


Laudo do Ministério Público Estadual apurou, em 2000, que o montante do desfalque ao Tesouro teria atingido R$ 5,8 milhões - em valores atualizados até aquele ano.


As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

******************************************************************************

Reservo-me o direito de não tecer comentários sobre esse assunto.
Minha imaginação, dessa vez, preferiu viajar para a Terra do Nunca.
Deixo apenas uma trilha sonora digna desse fato, Ó, Fortuna - de Carl Orff(apesar de não se referir à grana, cai como um trocadalho do carilho nessa situação), cuja temática há quem afirme ter sido dedicada a Hitler e ainda por cima fala de profecias...
E o que foi esse circo todo senão uma bela profecia feita por um mestre dos tiranos profetas?



Bjo.




Visite também:


Prosaicos Poemas



Ouça:

terça-feira, agosto 07, 2007

Volta, tolerância!!


Logotipo do Opeth, a trilha sonora para este post.



Há dias em que esse coração aqui diz baixinho que algo não vai bem. Nesse caso, a tolerância resolveu fazer uma viagem e me deixar sozinha, a ver navios...

Abandonar-me de repente...

Isto me trouxe um sentimento de perda, de abandono, pois a despeito de meus inúmeros defeitos, sou considerada uma pessoa altamente tolerante. Não é à-toa que costumo ser elogiada pelo meu desempenho como educadora, até mesmo por esse motivo. E apesar do trabalho com adolescentes não ser fácil, o difícil mesmo é lidar com adultos. Disso eu não tenho a menor dúvida.

Foi a partir dessa falta de tolerância repentina que se criou essa fase tão louca e intrigante em mim. E diga-se de passagem, nem estou na TPM. Fato que corrobora ainda mais, para minha tristeza(ou não), uma possível permanência dos sintomas.

Sinto como se a ignorância me incomodasse, a insensibilidade me horrorizasse, a alienação me causasse ânsia de vômito e a teimosia me enlouquecesse.

Em tempos não muito remotos, situações que me provocassem incômodo, horror, enjôo ou loucura geralmente me levavam a atitudes diretas, exasperadas, rudes e implacavelmente honestas até.

Mas nessa minha atual fase nada ortodoxa, estou tão estranha, que até em casos bem semelhantes aos habituais, me sinto impelida a agir de formas nunca antes experimentadas.

Portanto, uma reviravolta radical ocorre em minhas ações.

Diante da ignorância que incomoda, que não permite nenhum tipo de ajuda, nem discordância, tendo a me calar.

Diante da insensibilidade que horroriza, que promove equívocos, não me indigno mais.

Diante da alienação que causa ânsia de vômito, escolho balançar minha cabeça e apenas engolir o sapo.

E por fim, diante da teimosia que enlouquece, que dificulta qualquer diálogo ou conversa, prefiro ceder, fingindo que concordo e pronto.

O estranho é que mesmo depois de uma mudança tão visível e drástica como essa, algumas questões insistem em me atormentar.
Será que isso tudo não passa de mera evolução?
Será a vantagem da experiência, da idade chegando?
Será que estou ficando menos honesta e perdendo minha tão estimada autenticidade?
Será que estou deturpando meu bem mais precioso, meu caráter?
Será que agir assim é sinônimo de amadurecimento?
Será que é demonstração de sabedoria?
Será que é uma estratégia para evitar conflitos?

Sinceramente, não sei responder.
E espero que, se houve realmente uma mudança, que esta seja para melhor. Afinal, para que serviria amadurecer, se não para um efetivo aperfeiçoamento do ser?


Bjo.



Visite também:


Prosaicos Poemas



Ouça:

domingo, agosto 05, 2007

Rir ainda é o melhor remédio...

Se está aí sem nada interessante para fazer
o tédio inconveniente insiste em lhe rondar
uma excelente solução acabo de lhe oferecer
clique na seta abaixo, deixando o vídeo rolar

À primeira vista, cenas de um filme premiado
com roteiro inteligente, alguns atores famosos
chamou-se no Brasil: Shakespeare apaixonado
e como o título sugere, havia diálogos amorosos

Essa versão modificou aquela história romântica
somando uma dublagem inteligente e escrachada
e assim produziu essa pérola de nobre semântica
com vozes conhecidas e temática assaz engraçada


Divirta-se!


Claudia Fernandes








Bjo.


Mais poemas aqui:

Prosaicos Poemas

sábado, agosto 04, 2007

Dúvida de uma existência



Aqui estou eu transitiva
direta ou indireta
mas de volta, enfim
aqui estou eu bem viva
depois de adubar meu único jardim

Precisei viver um momento
cronológico, existencial
despida de toda fantasia
cheguei a sentir o poder do vento
mas optei pela calmaria da brisa fria

Refleti e busquei sabedoria
bem lá dentro do meu eu
aprendi a viver ainda mais
sem angústia, nem melancolia
sentada, em paz, na beira do cais

Por um desses acasos da vida
agora e mais do que nunca
acordei de um sono paralisante
abdiquei daquela tristeza adunca
e fiz do equilíbrio meu guia dominante

A única dúvida que me resta
(e como é complicada e cruel)
é se acabo com a garrafa de gim
se leio um livro, se fito o céu
ou se me preparo para o fim.



Claudia Fernandes



Bjo.



Mais poemas aqui:

Prosaicos Poemas


sexta-feira, agosto 03, 2007

Seja você...



Faz de Conta

Recentemente uma professora, que veio da Polônia para o Brasil ainda muito jovem, proferia uma palestra e, com muita lucidez trazia pontos importantes para reflexão dos ouvintes.

"Já vivi o bastante para presenciar três períodos distintos no comportamento das pessoas", dizia ela.

"O primeiro momento eu vivi na infância, quando aprendi de meus pais que era preciso ser. Ser honesta, ser educada, ser digna, ser respeitosa, ser amiga, ser leal."

"Algumas décadas mais tarde, fui testemunha da fase do ter. Era preciso ter."

"Ter boa aparência, ter dinheiro, ter status, ter coisas, ter e ter..."

"Na atualidade, estou presenciando a fase do faz de conta."

Analisando sob esse ponto de vista, chegaremos à conclusão que a professora tem razão.

Hoje, as pessoas fazem de conta e está tudo bem.

Pais fazem de conta que educam, professores fazem de conta que ensinam, alunos fazem de conta que aprendem.

Profissionais fazem de conta que são competentes, governantes fazem de conta que se preocupam com o povo e o povo faz de conta que acredita.

Pessoas fazem de conta que são honestas, líderes religiosos se passam por representantes de Deus, e fiéis fazem de conta que têm fé.

Doentes fazem de conta que têm saúde, criminosos fazem de conta que são dignos e a justiça faz de conta que é imparcial.

Traficantes se passam por cidadãos de bem e consumidores de drogas fazem de conta que não contribuem com esse mercado do crime.

Pais fazem de conta que não sabem que seus filhos usam drogas, que se prostituem, que estão se matando aos poucos, e os filhos fazem de conta que não sabem que os pais sabem.

Corruptos se fazem passar por idealistas e terroristas fazem de conta que são justiceiros...

E a maioria da população faz de conta que está tudo bem...

Mas uma coisa é certa: não podemos fazer de conta quando nos olhamos no espelho da própria consciência.

Podemos até arranjar desculpas para explicar nosso faz de conta, mas não justificamos.

Importante salientar, todavia, que essa representação no dia-a-dia, esse faz de conta, causa prejuízos para aqueles que lançam mão desse tipo de comportamento.

A pessoa que age assim termina confundindo a si mesma e caindo num vazio, pois nem ela mesma sabe quem é, de fato, e acaba se traindo em algum momento.

E isso é extremamente cansativo e desgastante.

Raras pessoas são realmente autênticas.

Por isso elas se destacam nos ambientes em que se movimentam.

São aquelas que não representam, apenas são o que são, sem fazer de conta.

São profissionais éticos e competentes, amigos leais, pais zelosos na educação dos filhos, políticos honestos, religiosos fiéis aos ensinos que ministram.

São, enfim, pessoas especiais, descomplicadas, de atitudes simples, mas coerentes e, acima de tudo, fiéis consigo mesmas.

Se é fácil enganar os outros, é impossível enganar a própria consciência.

Por todas essas razões, vale a pena ser quem se é, ainda que isso não agrade os outros.

Afinal, não é aos outros que prestaremos contas das nossas ações, e sim à nossa consciência.



Desconheço a autoria. Caso saiba, deixe-me saber também para colocar aqui.







Amigo(a)
Acabei ficando sem tempo para este que é um dos meus passatempos preferidos, a net.
Peço desculpa pela escassez de visita aos blogs queridos e pela ausência de notícias minhas, mas esse fato é temporário. Assim espero.
Deixo um cheiro para você.



Bjo.
Related Posts with Thumbnails

Minha família

My kind of Spirit...


You are the elusive Night Spirit.
Your season is Winter, when the stars are bright and frost crystallizes the fallen leaves.
You are introspective, deep-thinking, and mysterious.
Everyone is intrigued and a little intimidated by you because you have an aura of otherworldliness.
You work in extremes, sometime happy, other times sad, but always creative and philosophical.
You are more concerned with the unseen, mystical, and metaphysical than the real world.
Night Spirits have a tendency to get lost in themselves and must be careful not to forget reality, but their imagination is limitless.