LOST IN THE TRANSLATION - LATIN AMERICA TOUR - NOVEMBER 2005
Wednesday - 9th - Curitiba - Brasil - Espacio Callas
Friday - 11th - Sao Paulo - Brazil - Credicard Hall with Bruce Dickinson-Tribuzy
Saturday - 12th - Sao Paulo - Brazil - Credicard Hall with Bruce Dickinson-Tribuzy
Sunday - 13th - São Paulo - Brazil - Manifesto Bar - ACOUSTIC SHOW
Wednesday - 16th - Lima - Peru - Voce
Friday - 18th - Bahia - Brazil - Rock In Rio Cafe
Saturday - 19th - Recife - Brazil - TBA
Sunday - 20th - Buenos Aires - Argentina - ND/ATENEO
Jeff Scott Soto em Salvador
Sexta-feira, dezoito de novembro, foi dia de rock'n'roll aqui em Salvador.
Jeff Scott Soto aportou em terras soteropolitanas e fez um show irretocável no Rock in Rio Café.
Chegamos ao Aeroclube umas 9 e meia e percebemos que ainda estava um pouco cedo.
Fomos ao Café Cancun tomar umas. Eu tomei um Sex on the moon e uma Piña colada, Jr tomou umas brejas e comemos umas quejaditas de frango e cheddar. Só para turbinar o motor...
De repente, ouvimos um som de música de qualidade no ar.
Entramos no Rock in Rio e eu já tive a sensação de que a noite seria muito boa, pois estava tocando uma banda de garotos daqui mesmo de Salvador chamada Nomin. Os meninos tocavam muito bem, e foram de Symphony X aos mais variados sons de prog metal, e o que é melhor, fizeram um som bem tocado. E eram apenas uns garotos mesmo.
No intervalo, foi a hora de rever uma quantidade imensa de amigos. É em shows como esses que vejo quantos amigos bacanas eu tenho. Conversas e risadas regadas a roskas de abacaxi. Delícia...
Meia hora após a Nomin ter terminado seu show, Jeff Scott Soto entrou com uma banda de fazer inveja a qualquer monstro do Rock'n'roll. Todos da banda eram no mínimo "totalmente excelentes". Da bateria, passando pelo baixo, até as guitarras. Só monstrinhos.
Sem falar que todos eles cantavam tão bem quanto o próprio Jeff. Até comentamos, brincando, que em Salvador ninguém mais iria se meter a fazer backing depois daquele show. rs.
Eles tocaram nada mais, nada menos, que duas horas ininterruptas do mais puro rock'n'roll. E ficou estampado no rosto dele e dos demais músicos que eles estavam ali se divertindo. Foi um show de altíssimo astral. Uma energia rara nos shows de hoje em dia, talvez pelo fato de algumas bandas só fazerem shows para ganhar dinheiro, sem levar em consideração o espírito genuíno do rock. É claro que dinheiro é bom, mas dinheiro só por dinheiro, não tá com nada.
Desfilou clássicos, cantou músicas do tempo de quando era vocalista de Malsmsteen, da sua antiga banda, a Talisman, sem falar nos covers que fez, como Love of my life, do Queen (aliás, banda para a qual, há boatos, ele foi convidado substituindo Freddie Mercury), além de Whitesnake, Scorpions e outros.
O show tava tão bom, mas tão bom, que creio que ninguém ficou chateado quando ele aparentemente surtou e fez um medley de músicas "disco", entre elas, Macho Man. Hã? Eu particularmente adorei e surtei junto com ele. rs.
Enfim, show do caralho!
E para terminar a noite ainda no clima, entra no palco outra banda local, mas de qualidade indiscutível, a Slow. Guitarra de primeira, baixo virtuoso e uma batera segura e correta fechando a cozinha. Mas o diferencial dessa banda é Jorginho, o vocalista, que na minha modesta opinião, não é apenas um vocalista, mas é um frontman como poucos que eu conheço, além de ter um humor com o qual me identifico profundamente. Foi ele que um dia, num show de outra banda dele, a King Cobra, se auto-intitulou o "Cover dele", numa clara e irônica alusão ao Coverdale. rs.
E pensar que eu, na última hora, nem ia. Estava meio sem vontade, com uma colicazinha chata e tal.
Mas, porra! Valeu muito a pena...
Se eu não tivesse ido, teria perdido um dos melhores shows (pelo menos em astral) que eu já fui.
É isso.
Bjo.
Claudia Fernandes
Música: Wildflower do Jeff Scott Soto.