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Comecei a escrever no momento em que percebi que só pensar não mais me satisfazia.

Precisava transbordar todo aquele pensamento que só ao meu universo de idéias pertencia.

Hoje, escrevo por pura necessidade, por irresistível vício e por agradável teimosia.




Claudia Pinelli Rêgo Fernandes ®



terça-feira, fevereiro 23, 2010

Why This World: A Biography of Clarice Lispector

Se você saca Inglês, ótimo. Se não, ponha no tradutor ao lado.



Why This World: A Biography of Clarice Lispector

by Benjamin Moser




Review-a-Day

Dying was seductive, a direct confrontation with an unknown so enormous it could never be captured in words. In one of her last interviews, given a year before she died, a television journalist asked if she felt "born and refreshed" each time she wrote a new work. The reporter must have wanted her to provide a cheerful narrative about her writing process, but her response was impassive and casually nonsensical. She never could commit to this kind of tale. 'For now I'm dead. We'll see if I can be born again. For now I'm dead," she repeated. "I'm speaking from my tomb.'" Rachel Aviv, The Nation (read the entire Nation review)

Synopses & Reviews

Publisher Comments:

"That rare person who looked like Marlene Dietrich and wrote like Virginia Woolf," Clarice Lispector is one of the most popular but least understood of Latin American writers.

Now, after years of research on three continents, drawing on previously unknown manuscripts and dozens of interviews, Benjamin Moser demonstrates how Lispector's art was directly connected to her turbulent life. Born amidst the horrors of post-World War I Ukraine, Clarice's beauty, genius, and eccentricity intrigued Brazil virtually from her adolescence. Why This World tells how this precocious girl, through long exile abroad and difficult personal struggles, matured into a great writer, and asserts, for the first time, the deep roots in the Jewish mystical tradition that make her both the heir to Kafka and the unlikely author of "perhaps the greatest spiritual autobiography of the twentieth century."

From Ukraine to Recife, from Naples and Berne to Washington and Rio de Janeiro, Why This World shows how Clarice Lispector transformed one woman's struggles into a universally resonant art.

Review:

"This pioneering biography of Brazilian writer Clarice Lispector (1920 — 1977) — a genius of character as much as a literary magician — captures the luminescent and singular author for an English-speaking audience that may not be familiar with her. She was born Chaya Pinkhasovna in 1921; soon after, her family left pogrom-torn Ukraine, arriving in Brazil in 1922. She became a law student seeking justice for prisoners and then a journalist, and in 1943, around the time of her marriage to a career diplomat, Lispector published her first book, the critically esteemed Near to the Wild Heart. The life of the roving diplomatic wife took its toll on the visionary and strikingly beautiful Lispector, who also had a longtime love for the homosexual poet Lcio Cardoso among others. One of her sons was diagnosed as schizophrenic, which further fostered Lispector's sense of isolation. Among her champions was Elizabeth Bishop, but Lispector remains under the Anglo-American literary radar. This well-researched biography by Moser, New Books columnist for Harper's, should send readers in search of this indescribable author, whose work in many ways is closer to cabalistic writing than to more contemporary modernists like Woolf, Kafka or Joyce. 37 b&w photos." Publishers Weekly (Copyright Reed Business Information, Inc.)


About the Author

Benjamin Moser is a regular contributor to The New York Review of Books, Harper's, and Conde Nast Traveler. He lives in the Netherlands.



Subtitle:A Biography of Clarice Lispector
Author:Moser, Benjamin
Publisher:Oxford University Press, USA
Subject:Literary
Subject:Lispector, Clarice
Subject:Women novelists, Brazilian - 20th century
Subject:Authors, Brazilian -- 20th century.
Copyright:2009
Publication Date:August 2009
Binding:Hardcover
Grade Level:General/trade
Language:English
Illustrations:Y
Pages:479
Dimensions:9.54x6.48x1.53 in. 1.91 lbs.




Ela merece.

sábado, fevereiro 13, 2010

Neste carnaval, use camisinha!!!




#ficaadica



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Prosaicos Poemas

quarta-feira, fevereiro 10, 2010

Da minha precoce nostalgia


Da minha precoce nostalgia

Por Maria Sanz Martins



Quando eu for bem velhinha, espero receber a graça de, num dia de domingo, me sentar na poltrona da biblioteca e, bebendo um cálice de Porto, dizer a minha neta:

- Querida, venha cá... Feche a porta com cuidado e sente-se aqui ao meu lado. Tenho umas coisas pra te contar. E assim, dizer apontando o indicador para o alto:

- O nome disso não é conselho, isso se chama corroboração! Eu vivi, ensinei, aprendi, caí, levantei e cheguei a algumas conclusões. E agora, do alto dos meus 82 anos, com os ossos frágeis, a pele mole e os cabelos brancos, minha alma é o que me resta saudável e forte.

Por isso, vou colocar mais ou menos assim:

É preciso coragem para ser feliz. Seja valente. Siga sempre seu coração. Para onde ele for, seu sangue, suas veias e seus olhos também irão. E satisfaça seus desejos. Esse é seu direito e obrigação. Entenda que o tempo é um paciente professor que irá te fazer crescer, mas escolha entre ser uma grande menina ou uma menina grande, vai depender só de você. Tenha poucos e bons amigos. Tenha filhos. Tenha um jardim. Aproveite sua casa, mas vá a Fernando de Noronha, a Barcelona e a Austrália. Cuide bem dos seus dentes. Experimente, mude, corte os cabelos. Ame. Ame pra valer, mesmo que ele seja o carteiro. Não corra o risco de envelhecer dizendo "ah, se eu tivesse feito..."

Tenha uma vida rica de vida. Vai que o carteiro ganha na loteria - tudo é possível, e o futuro é imprevisível. Viva romances de cinema, contos de fada e casos de novela. Faça sexo, mas não sinta vergonha de preferir fazer amor. E tome conta sempre da sua reputação, ela é um bem inestimável. Porque sim, as pessoas comentam, reparam, e se você der chance elas inventam também detalhes desnecessários. Se for se casar, faça por amor. Não faça por segurança, carinho ou status. A sabedoria convencional recomenda que você se case com alguém parecido com você, mas isso pode ser um saco! Prefira a recomendação da natureza, que com a justificativa de aperfeiçoar os genes na reprodução, sugere que você procure alguém diferente de você. Mas para ter sucesso nessa questão, acredite no olfato e desconfie da visão. É o seu nariz quem diz a verdade quando o assunto é paixão.

Faça do fogão, do pente, da caneta, do papel e do armário, seus instrumentos de criação. Leia. Pinte, desenhe, escreva. E por favor, dance, dance, dance até o fim, se não por você, o faça por mim. Compreenda seus pais. Eles te amam para além da sua imaginação, sempre fizeram o melhor que puderam, e sempre farão. Cultive os amigos. Eles são a natureza ao nosso favor e uma das formas mais raras de amor.

Não cultive as mágoas - porque se tem uma coisa que eu aprendi nessa vida é que um único pontinho preto num oceano branco deixa tudo cinza.

Era só isso minha querida. Agora é a sua vez. Por favor, encha mais uma vez minha taça e me conte: como vai você?






Faço das palavras da autora as minhas.

E tenho dito.

Claudia Fernandes.






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Minha família

My kind of Spirit...


You are the elusive Night Spirit.
Your season is Winter, when the stars are bright and frost crystallizes the fallen leaves.
You are introspective, deep-thinking, and mysterious.
Everyone is intrigued and a little intimidated by you because you have an aura of otherworldliness.
You work in extremes, sometime happy, other times sad, but always creative and philosophical.
You are more concerned with the unseen, mystical, and metaphysical than the real world.
Night Spirits have a tendency to get lost in themselves and must be careful not to forget reality, but their imagination is limitless.