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Comecei a escrever no momento em que percebi que só pensar não mais me satisfazia.

Precisava transbordar todo aquele pensamento que só ao meu universo de idéias pertencia.

Hoje, escrevo por pura necessidade, por irresistível vício e por agradável teimosia.




Claudia Pinelli Rêgo Fernandes ®



sexta-feira, fevereiro 27, 2009

"Os malefícios do alarmismo"


POLÍTICA

Stephen Kanitz: "Os malefícios do alarmismo"


Jornal do Brasil - Desde setembro, quando a percepção de que a economia americana entraria em colapso começou a ganhar corpo, assistimos a uma avalanche de notícias e análises econômicas marcadas por um tom alarmista. O pânico que tomou conta da imprensa, no entanto, não lhe permite dar o devido destaque a uma série de fatos positivos da economia brasileira. Temos sim, alguns problemas localizados em exportação e habitação, em parte causados por nós mesmos. Mas mesmo estes estão sob controle, o que não ocorre nos Estados Unidos.


O termo "crise" é definido como um acúmulo de problemas simultâneos que nos impede de raciocinar. Por exemplo, quando passamos por uma crise de nervos e surgem tantos problemas que mal conseguimos parar para pensar: damos voltas como baratas tontas. Normalmente, diante de um quadro desses se pede calma e sangue frio para poder identificar os problemas e estabelecer prioridades.


Crises globais ocorrem, por sua vez, quando países têm tantos problemas que não conseguem administrá-los. É o que ocorre hoje nos Estados Unidos, onde os dirigentes, economistas e banqueiros estão dando voltas como baratas tontas. Nos Estados Unidos, ainda não se sabe o tamanho do problema. Definitivamente, isso não é o que ocorre no Brasil. Muito pelo contrário: identificamos nossos problemas a tempo, implementamos soluções imediatas. Nossa contabilidade é extremamente veloz. Por exemplo, o caso da indústria de automóveis, quando identificamos a queda nas vendas, fizemos a isenção do IPI e a produção em janeiro aumentou 92%: fim da crise no setor.


Os dados estão aí: não temos subprime, bancos falindo, cartões de crédito estourando, CDOS e CDS despencando. Por isso, acredito que usar o termo “crise”, no Brasil, é uma irresponsabilidade social muito séria.


Daqui para frente, quem usar a expressão "crise global" comete outro erro. Não é global, justamente porque o Brasil não está em crise. Lula estava certo quando disse que tudo não passaria de uma marola e que tiraríamos de letra. Tanto é que a Bovespa já subiu 40% depois da chegada da "crise".


O governo Obama é que já dá sinais de andar feito barata tonta, sem saber o que fazer. E Ben Bernanke, mais ainda. O principal problema de Bernanke foi não conhecer a fundo como operava o Lehman Brothers.


Os americanos estão atolados em dívidas pessoais, 200% do PIB. Queiram ou não, eles vão reduzir o consumo em 2009 , 2010 e 2011, porque consumiram demais de 2000 a 2008. Vão poupar, o que reduz o consumo, para pagar suas dívidas, o que melhora a situação financeira deste países. Repito: achar que o Brasil está na mesma situação é irresponsabilidade. Eles estão em crise financeira, nós não estamos nem perto disso.


Nosso governo está fazendo tudo com rapidez, transmitindo confiança, ajudando pontualmente quem precisa. Isso porque não temos uma crise generalizada que nos impeça de raciocinar e priorizar as ações necessárias. Já estamos a caminho de uma rápida recuperação.



*Stephen Kanitz é mestre em Administração de Empresas pela Harvard University, e escreve no blog O Brasil Que Dá Certo




Bom saber.



Claudia.







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segunda-feira, fevereiro 23, 2009

Velhos não tão velhos carnavais...

Para mim, carnaval sem essas músicas abaixo e algumas outras não pode ser chamado de carnaval. Mas isso é apenas um gosto pessoal. Ou não tem gente que gosta de músicas como:

NO VAI E VEM MAMÃE
NO VAI E VEM MAMÃE
NO VAI E VEM E VEM QUE EU TAMBÉM VOU

???


Clique no pause da playlist do blog e no play desta.

Enjoy it!








Espero que perceba a diferença...



Claudia.






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quarta-feira, fevereiro 18, 2009

E tudo mudou...





E tudo mudou...


O rouge virou blush
O pó-de-arroz virou pó-compacto,
O brilho virou gloss,
O rímel virou máscara incolor;

A Lycra virou stretch,
Anabela virou plataforma;

O corpete virou porta-seios...
Que virou sutiã...
Que virou lib...
Que virou silicone!

A peruca virou aplique... interlace... megahair... alongamento!

A escova virou chapinha,
'Problemas de moça' viraram TPM;
Confete virou MM;

A crise de nervos virou estresse,
A chita virou viscose,
A purpurina virou gliter,
A brilhantina virou mousse...

Os halteres viraram bomba,
A ergométrica virou spinning,
A tanga virou fio dental...
...E o fio dental virou anti-séptico bucal;

Ninguém mais vê:

Ping-Pong porque virou Bubaloo,
O à-la-carte porque virou self-service,
A tristeza porque agora é depressão,
O espaguete porque virou Miojo pronto,
A paquera porque virou pegação,
A gafieira porque virou dança de salão;

O que era praça virou shopping,
A areia virou ringue,
A caneta virou teclado,
O LP virou CD,
A fita de vídeo é DVD,
O CD já é MP3,
É um filho onde eram seis;

O álbum de fotos agora é mostrado por e-mail,
O namoro agora é virtual,
A cantada virou torpedo,
E do 'não' não se tem medo;
O break virou street,
O samba, pagode
O carnaval de rua virou Sapucaí,
O folclore brasileiro, halloween
O piano agora é teclado, também...

O forró de sanfona ficou eletrônico,
Fortificante não é mais Biotônico,
Polícia e ladrão virou counter strike,
Folhetins são novelas de TV,
Fauna e flora a desaparecer;

Lobato virou Paulo Coelho,
Caetano virou um pentelho,
Baby se converteu,
RPM desapareceu,
Elis ressuscitou em Maria Rita?

Gal virou fênix,
Raul e Renato, Cássia e Cazuza, Lennon e Elvis,
Todos anjos
Agora só tocam lira...

A AIDS virou gripe,
A bala antes encontrada agora é perdida,
A violência está coisa maldita!
A maconha é calmante,
O professor é agora o facilitador,
As lições já não importam mais,
A guerra superou a paz,
E a sociedade ficou incapaz...

De tudo...

Inclusive de notar essas diferenças.



Luiz Fernando Veríssimo





Preciso dizer mais alguma coisa?



Claudia.






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sábado, fevereiro 14, 2009

Two Wolves




Uma noite, um velho índio Cherokee falou a seu neto sobre uma batalha que ocorre dentro das pessoas.

Ele disse:

"Meu filho, a batalha é entre dois "lobos" dentro de todos nós. Um é o Mal. É a raiva, a inveja, o ciúme, a mágoa, o remorso, a ganância, arrogância, autopiedade, culpa, o ressentimento, a inferioridade, mentira, o orgulho, a superioridade, e o ego.

O outro é o Bem. É a alegria, a paz, o amor, a esperança, serenidade, humildade, gentileza, benevolência, a empatia, generosidade, verdade, compaixão e fé."

O neto pensou sobre o que ouviu por um minuto e então perguntou a seu avô:
"Qual lobo vence?"
O velho Cherokee respondeu:

"Aquele que você alimenta."

Tradução livre feita por mim. Original aqui:
Esse texto é simples, curto mas, ao mesmo tempo, consegue mostrar a sabedoria que os mais velhos possuem sobre a existência humana.


Eu concordo com a mensagem dessa historinha. O Bem e o Mal convive em nós, e sempre estarão dentro de nós e aparecerão em alternados momentos da nossa vida, porém aparecerá mais aquele que você der mais atenção e levar mais a sério.



Claudia.




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segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Entre o Certo e o Fantasioso?

Clique no pause da playlist do blog e no play da música deste post:




Romance da Bela Inês - Alceu Valença

Uma musa matriz de tantas músicas
Melindrosa mulher e linda e única
Como o lado da lua que se oculta
Escondia o mistério e a sedução
Comovida com a revolução
De Guevara, Camilo e Sandino
Escutou meu Espelho Cristalino
Viajou nosso sonho libertário
Bela Inês, com seu peito de operário
A burguesa que amava o Capitão

Acontece que a história não tem pressa
E o amor se conquista passo a passo
O ciúme é a véspera do fracasso
E o fracasso provoca o desamor
Bela Inês teve medo do "condor"
Queimou cartas. lembranças do passado
E nessa guerra de Deus e do diabo
Entre fogo cruzado desertou
Bela Inês, com seu peito de operário
Não me esconde seu ar conservador

Mas eu tenho um espelho cristalino
Que uma baiana me mandou de Maceió
Ele tem uma luz que me alumia
Ao meio dia, clareia a luz do sol

Apesar dos pesares não esquece
Nosso sonho real e atrevido
Bela Inês tem o peito dividido
Entre um porto seguro e o além-mar.


Incrível como, sempre que ouço essa música, mesmo sendo em diferentes momentos de minha vida, essa letra faça tamanho sentido para mim.

Em cada diferente ocasião, me sinto como um dos personagens da história.

Em algumas vezes a Inês, noutras a Baiana, mas devo confessar que meu momento atual estaria mais para Inês, dividida entre um porto seguro e qualquer lugar.



Claudia Fernandes.




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quarta-feira, fevereiro 04, 2009

Um Trem para Lisboa.





"Tudo começa numa manhã chuvosa.

Uma mulher prepara-se para saltar de uma ponte de Berna.

Raimund Gregorius, um banal professor de grego e latim de 57 anos, evita o acto desesperado e fica surpreendido com o som de uma palavra. "Português", responde ela, ao ser questionada sobre a língua que fala. Antes de desaparecer da história ainda tem tempo de escrever um número de telefone na testa deste míope professor que descobre, por acaso, um livro de um autor português, Amadeu Inácio de Almeida Prado, intitulado Um Ourives das Palavras. Sem conseguir explicar o porquê, entra num comboio para Lisboa atrás deste médico que morreu 30 anos antes, em 1975, pouco depois da Revolução, numa descoberta do outro que acaba por ser uma descoberta de si próprio.

Comboio noturno para Lisboa gasta um tempo considerável a explorar as ideias contemplativas tanto as de Gregorious e as explorações filosóficas contidas no Diário de Prado. Epígrafos incluem Michel de Montaigne, Ensaios, livro segundo – Da inconstância das nossas acções e Fernando Pessoa, o Livro do desassossego.

Mercier usa várias actividades e subtemas para ajudar a explorar estes sujeitos auto-reflexivos, incluindo “viagens nocturnas, insónias, e sonhos de estar preso num lugar, mas ao mesmo tempo sentir-se à deriva e confuso acerca do sentido da vida” Com esta perspectiva introspectiva, Mercier é capaz de rever conceitos de “Quem somos nós”, “Como controlamos a experiência de vida” e “Quão frágil é a construção” "


Bjo.



Claudia.











“Cada um de nós é vários, é muitos,

é uma prolixidade de si mesmos.

Por isso aquele que despreza o ambiente

não é o mesmo que dele se alegra ou padece.

Na vasta colônia do nosso ser

há gente de muitas espécies,

pensando e sentindo diferentemente.”

Fernando Pessoa



Livro do Desassossego










Fonte: Wikipedia



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Minha família

My kind of Spirit...


You are the elusive Night Spirit.
Your season is Winter, when the stars are bright and frost crystallizes the fallen leaves.
You are introspective, deep-thinking, and mysterious.
Everyone is intrigued and a little intimidated by you because you have an aura of otherworldliness.
You work in extremes, sometime happy, other times sad, but always creative and philosophical.
You are more concerned with the unseen, mystical, and metaphysical than the real world.
Night Spirits have a tendency to get lost in themselves and must be careful not to forget reality, but their imagination is limitless.