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Comecei a escrever no momento em que percebi que só pensar não mais me satisfazia.

Precisava transbordar todo aquele pensamento que só ao meu universo de idéias pertencia.

Hoje, escrevo por pura necessidade, por irresistível vício e por agradável teimosia.




Claudia Pinelli Rêgo Fernandes ®



quinta-feira, fevereiro 20, 2014

Redução da maioridade penal é rejeitada pelo Senado




Uma dentro!

A redução da maioridade penal não adianta nada num país em que a impunidade domina majestosa.

Hoje, a redução vai para 16. 

Amanhã, estas mesmas pessoas que apoiaram essa diminuição e que não conseguem enxergar a complexidade do problema, já não se satisfarão com 16, pois meninos de 15 e menos passarão a ser o alvo, e assim sucessivamente. 


Qual será o limite para essa diminuição?

Faço um pedido de reflexão:

Eu e você somos pessoas bem nascidas, com pai, mãe, uma família que sempre nos deu amor, escola boa, roupas e, dessa forma, nos deu a base para sermos pessoas decentes e enxergarmos alguma perspectiva de futuro.

Ainda assim, você nunca cometeu algo na adolescência, que hoje, olhando para trás, lhe faz perguntar: "onde eu estava com a cabeça quando tive coragem para fazer isso?"

Eu já.

Você também.

E certamente, só por causa dessa base tão sólida, talvez nossos atos não tenham tido um potencial lesivo tão significativo.

Isso porque eu e você tivemos tudo isso que citei acima, não é verdade?

Agora, tente imaginar um menino que nasceu na rua, de mãe drogada, que nem conheceu o pai, vive na rua, não tem o que comer, o que vestir, onde morar, nunca foi à escola, e não tem a menor perspectiva de futuro.

Imagina o que esse menino não será capaz de fazer nessa mesma idade?

A semelhança entre nós e ele é a imaturidade emocional, fisiológica e cognitiva. Nisso somos iguais.

E a diferença entre nós e ele é apenas uma questão de gradação do ilícito que essa imaturidade nos leva a praticar. 

E só.


Fonte da noticia: Revista Fórum 

quarta-feira, fevereiro 19, 2014





Uma menina apedrejada até a morte na Síria por ter Facebook, outra garota grávida sofre estupro coletivo e ainda é acusada de adultério no Sudão, terrorismo no Líbano, derramamento de sangue numa Kiev em guerra, a gripe matando na Espanha, Venezuela com um presidente louco no poder, mortes em protestos no Brasil e Tailândia...

E você aí discutindo se devia ou não devia ter Copa no Brasil.



Claudia.

sexta-feira, fevereiro 14, 2014

Implosão do eu iludido



Neste exato momento de minha vida, tenho refletido muito sobre um tema super importante, mas que só tinha feito parte da minha trajetória de forma teórica e filosófica, nunca na esfera pessoal, nem por observação próxima.

Nasci numa família basicamente masculina. Eram 5 homens: meu pai e 4 irmãos e apenas eu e minha mãe de mulheres.

Os homens da minha família sempre amaram profundamente as mulheres e sempre tiveram um respeito imenso por elas.

Meu pai cuidava da minha mãe como uma joia rara e meus irmãos nos traziam flores sempre que chegavam da rua.

Escolhi um homem para casar que nem deve saber o que a palavra machismo significa, pois entre nós nunca houve a menor distinção nesse sentido, pelo contrário, ele sempre manteve comigo a maior cordialidade e respeito possíveis.

Nunca tive que conviver com esse problema na escola, nem na universidade, pois em Letras, os alunos eram, em sua grande maioria, mulheres; e em Direito era meio a meio, e as mulheres ainda conseguiam se sobressair.

Trabalhei em lugares onde não havia diferença entre os sexos na prática profissional.

Ou seja, é aquele assunto que você já leu, já discutiu (em tese) sobre ele, já o criticou ferrenhamente, mas nunca o vivenciou na pele.

Pois não é que depois de uma vida inteira, fui oficialmente apresentada a esse indigesto senhor?

E não poderia ter sido em um lugar mais inusitado: uma reunião de condomínio. Já detalhei esse fato em outro texto.

Para entender melhor o contexto, leia isso: Apelo-Desabafo



Neste momento, meu mundo tremeu. Pode até não ter sido o exemplo de machismo do mundo. Certamente não foi. Mas para mim, até ali, tinha sido o mais chocante.

Foi então que vislumbrei a terrível cena que tantas mulheres já tiveram o desprazer de presenciar.

Homens que acham que mulheres são seres inferiores, num condomínio de classe média alta, onde deveriam morar, supostamente, pessoas, pelo menos, esclarecidas, e o que é mais assustador, em pleno século XXI!

Homens que não admitem ser questionados por uma mulher (geralmente mais inteligente e culta do que eles) e que, por esse motivo, preferem as burrinhas e submissas.

O universo paralelo no qual eu vivia, implodiu em minutos. E só restaram questionamentos e desilusão (mea culpa).

Se fosse correto dizer que a homossexualidade é uma questão de escolha (no que não acredito, pois cada um é o que é), provocaria meus amigos gays dizendo que os entendia bem, pois homem é algo, realmente, prazeroso.

Mas que hoje, entendia bem mais minhas amigas lésbicas, pois tenho conhecido uns homens que são verdadeiros chutes no saco! (deles, é claro!)



E aí?


Alguma amiga teria um exemplo de machismo que tenha sofrido, assim, bem de perto?


Gostaria muito de saber, de verdade!


Os homens podem relatar alguma situação que tenham visto também, fiquem à vontade.




Bjo,





Claudia.

sábado, fevereiro 08, 2014

Apelo-desabafo:







Alguém me ensina como fazer para conseguir ter o mínimo respeito por pessoas não respeitáveis?

E como não tomar partido de quem não merece, apenas em nome dos meus valores?

Ainda não aprendi.

Ilustrando:

Ontem, na reunião de condomínio, além dos outros moradores, estava um "casal" que eu já não tinha a menor afinidade.

Por três vezes, quando a mulher começava a falar algo, o tal marido dizia:

Psiu! Silêncio! Cala a boca!

E minha língua coçando, meu estômago se revirando, minha cabeça rodando, sentia uma revolta crescendo dentro de mim, por ser mulher, por ter sido criada para não obedecer a ninguém, sei lá. Mas fiquei, relativamente, na minha, consegui, até ali, me controlar bem.

Ao final, quando foi estipulada a nova reunião, esse senhor falou:

Eu não poderei vir, mas minha esposa responde por mim.

Meu estômago embrulhou ainda mais e não consegui segurar a minha indignação, falei:

Será que ela vai poder mesmo responder pelo senhor? Porque só esta noite, o senhor não deixou que ela falasse nem uma vez sequer e ainda mandou, autoritariamente, que ela se calasse, como se faz com um cachorro.

Esse senhor me olhou de uma forma, com sangue nos olhos, evidenciando uma vontade de me dar um soco na cara.

Essa reação dele já era previsível. Certos homens NUNCA lidaram com uma MULHER.

Mas o que me deixou de cara foi o que a esposa disse:

Como manter uma boa convivência assim?

Oi??

Como uma mulher que convive com o próprio marido nesses termos, pode falar em boa convivência?

Não estou cobrando nada, se fiz por ela, uma idiota de carteirinha, que se orgulha de gritar aos quatro cantos que é uma "vagabunda sustentada pelo marido" [sic], teria feito com qualquer um.

Mas será que ela não percebeu que eu me expus, tive a coragem que quase ninguém tem, nenhum homem no momento teve, para defender ela mesma?

O que é maior: a burrice, o medo ou a submissão?

Isso me fez refletir sobre essa ânsia minha de não ficar calada ante uma injustiça.

Cheguei a uma conclusão de que existem pessoas e pessoas, e que algumas delas merecem exatamente o tratamento que recebem.

Passada com a humanidade.





Bjo,




Claudia.

quarta-feira, fevereiro 05, 2014

Seja você! Mesmo que seja estranho...





Quer me imitar? 

Quer ser eu? 

Primeiro, você precisaria: 

1 - ser autêntica e original, coisa incompatível com uma cópia; 

2 - corajosa para expor, não fotos passeando no shopping, almoçando, jantando, mas sim suas opiniões, mesmo indo contra a massa e perdendo o status de "fofa", o que a maioria das pessoas tem medo; e 

3 - segura para sofrer todas as consequências que sofre quem não ri de tudo, não ama TODO MUNDO, nem bajula ninguém. 

Vai encarar? Claro que não, porque, definitivamente, nunca é fácil ser outra pessoa. 

Mas se ainda insiste, pelo menos, seja uma cópia decente. 

Coisa mais chata é perceber que os anos passam e a "perseguição" continua. 

Quer ser igual, mas não conseguir passar de uma cópia de péssima qualidade é de lascar. 

Ou assuma sua admiração por mim, que é antiga, notória (você acha que eu nunca percebi, mas só não falei, pois não era minha intenção te constranger), e me peça dicas (que daria numa boa), ou tente me superar. 

Uma cópia mal feita é o papel mais medíocre que um ser humano pode interpretar. 

Você pode fazer melhor. 

Ou será que não? 

Pronto, falei. 




Bjo,





Claudia.
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Minha família

My kind of Spirit...


You are the elusive Night Spirit.
Your season is Winter, when the stars are bright and frost crystallizes the fallen leaves.
You are introspective, deep-thinking, and mysterious.
Everyone is intrigued and a little intimidated by you because you have an aura of otherworldliness.
You work in extremes, sometime happy, other times sad, but always creative and philosophical.
You are more concerned with the unseen, mystical, and metaphysical than the real world.
Night Spirits have a tendency to get lost in themselves and must be careful not to forget reality, but their imagination is limitless.