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Comecei a escrever no momento em que percebi que só pensar não mais me satisfazia.

Precisava transbordar todo aquele pensamento que só ao meu universo de idéias pertencia.

Hoje, escrevo por pura necessidade, por irresistível vício e por agradável teimosia.




Claudia Pinelli Rêgo Fernandes ®



domingo, setembro 10, 2006

Amor até o fim...


Amor até o fim

Amor não tem que se acabar

Eu quero e sei que vou ficar

Até o fim eu vou te amar

Até que a vida em mim resolva se apagar


Amor não tem que se acabar

Eu quero e sei que vou ficar

Até o fim eu vou te amar

Até que a vida em mim resolva se apagar


O amor é como uma rosa num jardim

A gente cuida, a gente olha

A gente deixa o sol bater

Pra crescer, pra crescer


A rosa do amor tem sempre que crescer

A rosa do amor não vai despetalar

Pra quem cuida bem da rosa

Pra quem sabe cultivar


Amor não tem que se acabar

Até o fim da minha vida eu vou te amar

Eu sei que o amor não tem que se apagar

Até o fim da minha vida eu vou te amar

Gilberto Gil


Estava ouvindo essa música do Gil, quando concluí que, a cada dia que passa, fico mais convencida de que o amor é mesmo a melhor coisa da vida. Sou uma romântica incurável, extrema, no mais restrito sentido da palavra romântica, não esse do senso comum, claro.

Mas o meu ínfimo lado racional, que ainda se mantém, me grita que o amor também pode ser traiçoeiro.

Senão, vejamos:


Você sabe que está amando loucamente e acredita que o outro também está.

Dá-se a entrega, total, irrestrita, de corpo e alma.

O outro não consegue segurar a onda e prefere desistir desse amor.


Você sofre, chora...

Ele volta pedindo desculpas, dizendo que não dá para ficar sem você.

Você desculpa. Afinal, você ama...

Mais uma vez, você acredita que é amada também. E se sente feliz, segura.

Porque até agora tudo esteve bem. Carinho, palavras gentis, troca de elogios.

Novamente, o outro vê que a coisa está tomando uma proporção além do comum, o sentimento no peito dele está ficando insustentável, e desiste pela segunda vez.

Você sofre, chora, mas pensa: eu supero.

Ele volta pedindo desculpas, dizendo que só pensa em você e que prefere te ter da forma que for possível a não tê-la.

Você desculpa, afinal você ama, não é?

Uma terceira vez acontece.

Você sofre, mas não chora mais...

Ele pede desculpas. Você desculpa.

Mas será que você ainda ama mesmo?

Quem te garante que isso não voltará a acontecer?

Você analisa e pensa que ainda ama, que é amada, e que aquilo tudo aconteceu porque o outro estava inseguro por algum motivo, e acaba desculpando pela terceira vez.

Até pode ter tido a paciência, o amor, a generosidade de não pensar no quanto aqueles abandonos te machucaram, e delicadeza de perdoar não só uma, mas TRÊS vezes.

Porém, num momento em que tudo isso veio à mente e você ficou triste, e sem pensar, disse apenas que estava cansada da situação, só isso, sem querer, alimenta um dragão que termina por cuspir fogo de toda espécie em você.

Agressões, insultos, calúnias, tudo de mais terrível que uma pessoa pode ouvir logo da pessoa que acreditava amar.

Toda essa celeuma, quando na verdade uma palavra mais carinhosa já resolvesse.

A confusão se instala...

Será que ele é quem você pensava que fosse??

Será que não tem o equilíbrio de respirar, analisar a questão, e conversar como um adulto? Precisa partir para agressão? Mesmo?

Será que os momentos vividos não significaram absolutamente nada?

Sei lá, hoje, depois da barra pesada que passei e da qual ainda estou me recuperando, estou procurando ser zen, não me magoar com as coisas que vejo, nem que me dizem. Isto não é fácil, pelo contrário, é muito difícil para uma virginiana, de sangue italiano, acostumada a defender suas causas e idéias com unhas e dentes... Não é fácil, mas eu consigo. Percebi que isso faz de mim um ser muito melhor.

Mas depois disso tudo, fico a me perguntar se uma pessoa que passa por uma situação dessa, ainda pode acreditar no amor.

Aí vem de novo meu lado romântico extremo e diz:

Claro, porque o amor sempre vence...



Bjo.


Música: Amor até o fim do Gilberto Gil.

12 comentários:

josé alberto farias disse...

Claudinha, vou usar um paradigma do marketing para comentar seu texto (forte, denso, como tudo que você expressa): quanto maior a expectativa do consumidor, mais difícil fazer com que ele perceba valor no produto ou serviço que vc oferece. O valor é igual ao que se oferece menos o que o outro espera. Se o resultado é igual a zero, o consumidor ficará satisfeito. Se for menor que zero, ele se frustra. Se for maior que zero, ele se encanta.
Muitas vezes, o consumidor tem expectativas (criadas por ele próprio ou pelo ofertante do produto/serviço) impossíveis de serem satisfeitas. Aí, fudeu.
O sofrimento faz parte da vida, mas que o amor seja leve e nos ajude a v oar.

Rod disse...

Cacau, o q seria de nós, românticos incuráveis, sem o amor... A gente sofre, sofre, diz q nunca mais, mas acaba cedendo, não tem jeito, é da nossa natureza. Vivemos na eterna busca da felicidade... Dia desses uma amiga me disse uma verdade: "Rod, eu fico vendo vc se esforçando pra gostar de alguém, mas no fundo vc ainda não esqueceu aquela garota né?" E ela tem razão, esquecer não esqueci, o amor tá aqui guardado comigo num cantinho mto especial, não sofro mais, mas confesso q ela ainda mexe comigo. É aquela velha história, se vc ama de verdade, quer q seja feliz, mesmo q não com vc. Se ela tá feliz, eu to feliz, mas se ela não tá, eu tb não to... Ela continua lá, longe, intangível... E a vida não para...
Bjuxxx no coração

Claudia Pinelli® disse...

Adorei a aula, Zé.. :o)
Vc falou td...
Mas o amor nos salva e nos dá asas, sempre...
Bjo.

Claudia Pinelli® disse...

Rod, querido..
Vc tá certo, o amor é nosso combustível.. Fazer o q?
E olha, garanto q essa garota tb gosta muito de vc, e quer ver vc feliz.. Tá?
Bjo.

Pierrot disse...

hoje ser uma pessoa melhor que ontem... essa é a busca de todos nós eu acho...

Claudinha... lembra do meu texto que dizia que sempre haverá outro carnaval? pois é... sempre haverá... infelizmente o meu acabou de uma vez... pelo menos o meu ultimo carnaval... sabe, acho que no fim eu já sabia que estava assim... acabado... esta doendo sim, mas não tanto como achei que doeria ou já doeu...

mas sabe como é né... todo carnaval tem seu fim...

obs... fechei meu blog... depois da uma olhada no ultimo post...

www.diariodeumpierrot.blogspot.com

Anônimo disse...

Claudinha, q o amor afugente o medo responsável por alguns absurdos ditos. Acho q ninguém sobreviveria à idéia de saber que te perdeu. O amor merece sempre outra chance (de todas as partes).
P.S. O amor traz de volta o cheiro das palavras amanhecidas e das pulsações madrugosas.

josé alberto farias disse...

Só pra dizer que adoro colares de pérolas. Quero, careço, preciso urgentemente fazer umas fotos disso.

Anônimo disse...

Minha querida amiga,
acho que o amor é fundamental,
mas é muito perigoso
presumir que o "alvo"
sente o mesmo e
pretende seguir o
mesmo caminho.
Parece-me que o segredo é:
- Não esperar nada em troca!
O que vier, se vier, já é "lucro"!

Beijos,
Miguel

Roger Jones disse...

querida e profunda Claudia...
eu adoro você...

josé alberto farias disse...

Cadê a moça que escrevia neste blog?

Pierrot disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
BlueShell disse...

Um beijo Azul, da cor do céu quando está apaixonado...
BlueShell

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My kind of Spirit...


You are the elusive Night Spirit.
Your season is Winter, when the stars are bright and frost crystallizes the fallen leaves.
You are introspective, deep-thinking, and mysterious.
Everyone is intrigued and a little intimidated by you because you have an aura of otherworldliness.
You work in extremes, sometime happy, other times sad, but always creative and philosophical.
You are more concerned with the unseen, mystical, and metaphysical than the real world.
Night Spirits have a tendency to get lost in themselves and must be careful not to forget reality, but their imagination is limitless.