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Comecei a escrever no momento em que percebi que só pensar não mais me satisfazia.

Precisava transbordar todo aquele pensamento que só ao meu universo de idéias pertencia.

Hoje, escrevo por pura necessidade, por irresistível vício e por agradável teimosia.




Claudia Pinelli Rêgo Fernandes ®



sábado, dezembro 26, 2009

E por falar em Avatar...

Olha só isso:







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quarta-feira, dezembro 23, 2009

O criador de Avatar!

Você conhece Roger Dean?

Ele é um grande artista responsável por capas de álbuns clássicos de bandas de Rock Progressivo como Yes, Asia etc.

E James Cameron? Conhece?

Claro, né? O criador de Avatar!

Será??

Veja essas imagens criadas por Dean para o 1º álbum ao vivo do Yes chamado Yessongs, assista ao filme e me diga depois o que acha, ok?








De uma fã de Rock progressivo.





Bjo.






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quarta-feira, dezembro 09, 2009

E a saga continua...




Eu hesitei em escrever algo sobre esse assunto, mas cada vez que assistia ao filme Crepúsculo, e já foram 6 vezes (entre cinema e Telecine), sentia que estava deslumbrada. Por várias razões.

Logo que surgiu o hype em torno do filme, pensei: deve ser mais um blockbuster bobo para a gurizada como muitos outros.

Mas quando assisti à película, pude compreender o motivo dela suscitar tanta paixão.

Como todo mundo, eu também fui adolescente. E a minha adolescência foi extremamente marcante para mim. Fui uma menina reservada, tímida, me sentia estranha, deslocada, era rebelde, mas gostava de ler, de música e de... Vampiros. Sempre tive um ar deprê e vivia imersa em uma atmosfera meio sombria, de viagens próprias que não podia dividir com ninguém. Crepúsculo me levou de volta para esse período de minha vida. Podia ser facilmente uma Bella Swan. E isso me comoveu.

Apesar de não trazer nada de novo em termos de temática, e deixar a desejar no que se refere às atuações, o filme é demasiadamente inovador no que se refere à narrativa e ainda muito mais no quesito visual.

As imagens são deslumbrantes e conseguiram por vezes me transportar da sala de cinema para aqueles cenários escuros, vertiginosos, idílicos. Fui levada de volta a esse tempo em que era apenas uma menina cheia de sonhos. Para mim, voar abraçada a um menino inteligente, culto, lindo, estranho, atormentado, que estava apaixonado por mim e que ainda era um vampiro soava como algo saído das minhas mais caras fantasias.

Sem falar no clima sensual que exala das cenas. Os personagens ficam bem próximos, conversam por horas, mas quase não se beijam, não se tocam. Sempre num jogo de sedução delicioso que não existe mais nos dias de hoje. A sedução pelo que o outro fala, por aquilo que ele sabe mais que você ou vice versa. E que fascina, de fato.

Gostei também dos personagens principais serem inteligentes, estudiosos, cultos, o que geralmente não acontece em outros filmes adolescentes. Isso é um modelo positivo, na minha opinião. É muito bom ver garotos falando sobre símbolos matemáticos, sobre música classica e não apenas sobre carros, rap e grifes.

Enfim, adorei tudo em Crepúsculo, inclusive a trilha, talvez por esse apelo emocional que me toma durante todas as vezes em que vejo o filme.

Recomendo para quem ainda não viu.




P.S. Fiquei sabendo que a autora, Stephenie Meyer, tinha outros atores em mente para seus personagens.



Emily Browning como Bella Swan.


Henry Cavill como Edward Cullen


Charlie Hunnam como Carlisle Cullen


Mary-Louise Parker como Esme Cullen


Rachael Leigh Cook como Alice Cullen


Trent Ford como Jasper Hale


Tom Welling como Emmett Cullen


Olivia Wilde como Rosalie Hale



Se fosse antes de ver o filme, eu diria:

"Realmente este elenco seria bem melhor. Tem mais a ver."

Mas depois de assistir e virar uma admiradora, não sei se trocaria ninguém, mesmo sendo fã de Charlie Hunnan.




Claudia Fernandes






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segunda-feira, dezembro 07, 2009

Um anjinho!!!

Veja que fiiguraça esse Charlie.

De "angel" não tem nada.










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quarta-feira, novembro 25, 2009

Mudanças



Estou numa fase iluminada de minha vida.

Começo a me me recuperar, de alguma forma e na medida do possível, da dor dilacerante do desencarne de minha mãe.

Saí da sala de aula e agora estou trabalhando ainda com Educação, mas no setor jurídico, isto é, atuando na Sindicância e Processo Administrativo Disciplinar na Secretaria de Educação. Está sendo uma surpresa boa, pois apesar de nunca ter me seduzido pelo Direito Administrativo, estou gostando muito de trabalhar nessa área. Delegada feelings, talvez.

Cidade nova, casa nova, trabalho novo, pessoas novas, amigos novos, costumes novos. Vida nova, afinal. E assim como é visível tudo de bom que vem junto com o novo, também fica latente tudo de mais aterrorizante que é intrínseco às novidades que aparecem na nossa vida.

A partir de uma mudança tão radical como essa, passo a confirmar que nada é só bom, ou só mau. Essa visão maniqueísta está totalmente ultrapassada. Tudo pode ter um lado bom E um lado mau.

A cidade não tem um "Bompreço", um cinema, facilidades de cidade grande, mas, em compensação, não existe engarrafamento.

Minha casa aqui não é perto da praia (e quem se importa), mas tem uma vista para uma cordilheira deslumbrante.

Meu trabalho não me dá algumas vantagens como antes, mas trabalho com ar condicionado, tenho minha própria sala, mesa e PC com Internet.

No dia em que trabalho à tarde também, almoço em casa e ainda cochilo! Nunca fiz isso antes. Devo dizer que isso é um luxo para poucos.

Os costumes são completamente diferentes. O ritmo é outro. Tudo aqui é em câmera lenta. E na primeira semana, TODOS já sabiam quem éramos, de onde viéramos e o que faríamos na cidade! Eu fiquei chocada com isso. Mas se o Homem não for capaz de se adaptar às diferenças, qual é a graça?

Porém em um aspeto, na verdade amalgamado com o citado anteriormente, pois costumes são originados de pessoas, isso mostra a teoria comentada de uma forma assaz contundente. As pessoas daqui conseguem ser hospitaleiras, prestativas e ao mesmo tempo mal educadas, grossas, fofoqueiras, de honestidade um pouco duvidosa até, e para piorar, levam qualquer comentário sobre qualquer coisa sempre para o lado pessoal (isso me deixa irritada!).

Partindo daí, quando tenho que trabalhar redigindo documentos, peças ou outras coisas, sozinha, está tudo bem. Quando preciso lidar com algumas dessas figuras, e algumas bem difíceis, fico inevitavelmente estressada. Não gosto de ter que me explicar a cada comentário meu mostrando que nada é pessoal, mas em tese. Chato demais.

Mas como disse acima, nada é bom Ou mau. Tudo tem, no mínimo, dois lados. Essa característica, por exemplo, ao mesmo tempo que me irrita, me fez aprender a lidar com um tipo de gente com o qual não estava acostumada. E isso é, de fato, um belo aprendizado.

Portanto, se me pedissem para fazer um balanço da minha nova vida, diria, sem medo, que as vantagens sobrepõem as desvantagens, com certeza.

Ainda bem.

Porque se assim não o fosse, já estaria planejando a minha volta retumbante.




Claudia Fernandes


P.S. Só para lembrar, toda essa teoria está baseada em dados de amostragem, pois não tem como generalizar.




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sábado, novembro 14, 2009

Do you love me?



Apenas uma simples pergunta:

Do you love me?






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quinta-feira, outubro 15, 2009

Assim caminha a humanidade...



...para a sua total destruição.

Sem mais comentários.



Claudia Fernandes





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quarta-feira, outubro 14, 2009

Para que tanta agressividade?


O tal vídeo... de 2007!



Recebi esse email hoje de um português amigo:


quem julga essa senhora que é? que fracção da população brasileira ela representa? sim, uma opinião de uma figura publica brasileira não é de certeza isolada, é representativa de um ou vários grupos de pessoas, quem são? os artistas? os intelectuais? o povo em geral? quem pensa dessa forma dos portugueses????
será por causa das brasileiras que trabalham cá nos bares de alterne ás centenas??? será pelos outros emigrantes brasileiros que em grande maioria nem sabem falar que vêem para cá sem nada de nada e que nem sabem falar, nem português nem outra língua qualquer??? ou será pelas centenas de assaltantes que existem cá agora naturais do Brasil???

quem se julga essa senhora e se permite a nos humilhar dessa maneira??? uma natural de um pais subdesenvolvido, de pobreza extrema???? pertencente ao 3º mundo.

esse vídeo que enviei passou esta noite no telejornal do canal 1, canal estatal e de grande audiência, já iniciaram petições de pedido de desculpa ao povo português pelo que disse essa mulher, é uma vergonha.

que pais é esse que permite que uma anormal, mentecapta possa gozar com uma naçao e um povo que nao lhe fez mal nenhum???

graças a deus que somos europeus e bem educados, mas queira essa senhora ter o bom senso de não mais voltar a pisar a nossa terra, pois terá a recepção merecida.

foi um dia muito mau pro povo brasileiro e para os portugueses saber que ha gente nesse pais que pensa como ela.

foi muito mau mesmo

jorge
estou indignado como muitos portugueses


e


Li esses comentários a um vídeo dela:

*Maitê Proença és uma puta velha que cheiras a merda, essa cona é um estaleiro de merda. ès uma porca, sua puta de merda. Goza com o teu pais, sua puta burra!


*Não se esquexam que não é so esta atrasada que diz mal dos Portugueses o Youtube esta cheio de Brasucas a tratarem mal o povo Portugues e só vai lá de uma Maneira BRASUCAS FORA DE PORTUGAL JÀAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA


*O problema da maioria de Putas como estas é a inveja de não serem portuguesas, porque sabem que nós somos nitidamente superiores em praticamente tudo, menos na PUTARIA nisso eles ganham!


*28 janeiro, a puta ignorante drogada faz anos, vamos lhe enviar uma prenda- uma pistola! Puta!


*Burra,nao sabe do k fala, se ela visse os videos a dizer mal do Brasil... Lol, em Portugal ela teve de encontrar uma zona suja, no Brasil temos de PROCURAR por uma limpa...

*E o facto de 2 empregados portugueses n mexerem mto bem no PC, no Brasil eles nem têm PC! e vem esta Brasileira, com um QI de 40- dizer mal dor Portugueses... ela k va cuspir nos monumentos do pais dela(que por acaso, maior parte sao portugueses), e nao nos monumentos no pais k a convidou...

ESTOU REVOLTADO!



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A Maitê pisou na bola. Eu concordo.


Mas não seria uma reação muito atrasada, não? Ela fez esse vídeo há 2 anos e só agora essa revolta?

E o que não entendo também é o porquê das pessoas sempre se defenderem com a mesma arma que acabam de criticar, e com a mesma munição. Se se sentem tão ofendidas, se o fato é tão feio e lamentável (e é), por que fazer o mesmo e até pior, como é o caso? Por que usar da mesma forma usada na ofensa para a defesa?

Quem se diz tão educado e civilizado não deveria se defender de forma igualmente educada e civilizada?

Deixem isso para os cidadãos de terceiro mundo, os brasileiros... Como eu.

Eu, por exemplo, que não tenho nada a ver com o que a Maitê disse ou deixou de dizer e preciso ler ofensas e até declarações extremamente preconceituosas contra os brasileiros em geral. Isso sim me incomoda!

Generalizar, nesse caso, é uma bobagem muito grande.

Já pensou se eu, por causa desses comentários tão gramaticalmente incorretos, inexplicavelmente agressivos e tão preconcebidos, achasse que todos os portugueses são burros, preconceituosos e violentos?


Pense nisso.



Claudia Fernandes.




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sexta-feira, outubro 09, 2009

Gentileza gera gentileza



Gentileza gera gentileza



A mais subestimada das virtudes humanas faz muita falta no mundo



Vivo num prédio em que boa parte das pessoas não dá bom dia. Nem mesmo um grunhido. Nada. Fora o resto. Na semana passada, abrimos o porta-malas do carro para retirar as compras do supermercado, bem ao lado do elevador. Duas mulheres puxaram a porta antes que conseguíssemos alcançá-la, para não ter de dividir o elevador. Puxaram a porta, porque se ela tivesse fechado naturalmente teria dado tempo de entrarmos. Dá para acreditar? Claro que dá. Volta e meia cruzo no pátio, indo ou vindo, com gente que vai ou vem – e abaixa rapidamente a cabeça para não cruzar os olhos e, então, ser obrigada a me cumprimentar. Essas pessoas não me conhecem, nem sabem se sou bacana ou chata, logo, não é pessoal. Até o zelador, cujas atribuições incluem dar bom dia, só cumprimenta quando está de bom-humor.

Então, aconteceu.

Aquele vizinho, em especial, me irritava muito, porque ignorava solenemente meus sonoros bom-dia e boa-noite. Ele simplesmente passava por mim – e por todo mundo – numa marcha militar, olhos fixos em alguma movimentação de tropas no campo adversário. Eu voltava da minha aula de pilates, na manhã de quarta-feira, toda alongada e saltitante, quando o vi avançando em passadas largas na minha direção. “Bom dia!”, eu disse. Nada. Grilos. Cri, cri, cri.

Aquilo me irritou muito. Mas muito mesmo. Não pensei. Simplesmente me virei, marchei mais rápido do que ele, postei-me na sua frente e gritei: “Bom dia! É importante dar bom dia para as pessoas!”. Ele ficou totalmente desconcertado. E o resto eu não vi, porque marchei direto para o elevador, num passo tão marcial como o dele.

Foi uma cena totalmente absurda. Eu fui absurda. Até é possível reivindicar boa educação – embora seja cada vez mais difícil. Mas é impossível exigir gentileza. E não é nada gentil obrigar alguém a ser gentil. Eu fui o oposto de gentil gritando diante do homem que ele deveria ser gentil.

Mas o episódio serviu para que eu pensasse nessa virtude tão subestimada em nosso mundo. Gentileza parece algo menor, descartável. Em alguns casos, até meio otário. Ou fora de moda. Até para escrever essa coluna me pareceu prosaico demais. Pensei: vão achar que estou sem assunto. Então, decidi correr o risco de soar piegas.

“Gentileza gera gentileza”, o título da coluna, foi tomado emprestado dele, o próprio Gentileza. Se você não o conhece, vá atrás de sua história. Garanto, vai ganhar o dia. Eu mesma, na minha ignorância, só sabia que Gentileza havia sido um poeta das ruas que escrevia pelas pilastras do Rio de Janeiro, um pouco maluco, meio folclórico, um tanto extraordinário. E que um dia foi tema de uma música de Marisa Monte. Era bem mais do que isso, descobri. Gentileza foi um grande homem, com um grande legado e uma grande vida.

Passou a maior parte dela pregando a gentileza como um modo de existir. Depois que morreu, em 1996, velhinho, aos 79 anos, a Companhia de Limpeza Urbana do Rio cobriu seus escritos nas pilastras do viaduto do Caju com tinta cinza. Não podia ser mais simbólico. O apagamento de Gentileza gerou um movimento de reação chamado “Rio com gentileza”, que resgatou o livro urbano de Gentileza e propõe a gentileza como uma forma de estar no mundo. Comecei a pesquisar sobre o Gentileza na internet e de cara entrei no site do movimento. Depois de uma delícia de passeio por lá, saí com vontade de propor o movimento Brasil com gentileza para o meu vizinho.

É sério. Parece pouco. É muito. Faz uma enorme diferença. Quando somos maltratados em algum lugar, por alguém, isso já envenena o nosso dia. E desencadeia reações desencontradas em cadeia. Por outro lado, às vezes nem percebemos, mas a beleza de outro dia, nosso suspeito bom-humor num dia comum, começou lá atrás, quando alguém teve um gesto gentil, nos acolheu com simpatia, nos tratou bem. Seja o nosso chefe, o motorista do ônibus, o balconista da padaria. Faz bem para a vida ser tratado com gentileza. E um gesto gentil também desencadeia reações similares em cadeia. Gentileza, o profeta, tinha toda a razão quando respondia aos que o chamavam de maluco: “Maluco pra te amar, louco pra te salvar”.

Gosto muito de observar as pessoas, os enredos. Percebo que grandes desencontros são desencadeados por um detalhe muito pequeno. É como aquelas cenas de animação, em que o personagem tira uma pedrinha do lugar e causa uma avalanche. Você já deve ter visto em alguma reunião de empresa ou mesmo dentro de casa ou numa repartição pública. Alguém fala algo sem nenhuma gentileza, que poderia ser dito de um jeito muito mais cuidadoso. O destinatário daquela mensagem recebe como agressão e retruca um tom acima. Daí em diante, já era. Não acaba em nada de bom.

Se cada um de nós fizer uma reconstituição mental do nosso dia, hoje mesmo, vai perceber que o pior dele foi causado porque não foram gentis conosco nem fomos gentis com os outros. Desde o bom dia que faltou, o por favor que não foi dito, a buzina desnecessária no trânsito, a cara fechada, o sorriso que economizamos, a ajuda que poderíamos ter dado e não demos, ou ainda a que não recebemos, o elogio que não veio, a crítica que deveria ter sido feita para somar, mas foi programada para massacrar, o veneno que escorreu da nossa boca e da dos outros. Uma soma de pequenos e desnecessários gastos de energia que só serviram para nos intoxicar.

Gentileza é o exercício cotidiano de vestir a pele do outro. É cuidar não de alguém, mas de qualquer um. Mesmo que ele não seja nosso parente, mesmo que seja um estranho. Cuidar por nada. Sem precisar de motivo. Cuidar por cuidar.

Por que algo tão essencial se tornou supérfluo? Porque gentileza não se consome, talvez. Não tem valor monetário. Não se ganha nada de material com ela. Também não custa nada.

Esta, em parte, é a insubordinação contida na arte de Gentileza, o poeta das ruas. Ele, que nunca aceitou um centavo pela sua gentileza. Dizia: “Cobrou é traidor – o padre tá esmolando, o pastor tá pastando e o papa tá papando, papão do capeta capital”.

O resgate desta gratuidade, de algo que é dado sem esperar nada em troca, é o que faz nosso mundo estremecer. Como o que Gentileza deu à cidade do Rio de Janeiro: não apenas seus escritos, mas seu existir. Sua estética era sua ética, ele as continha ambas no seu viver.

Era grande o que ele gerava nas vizinhanças do Caju, ao dar algo que ninguém pediu – sem querer ganhar nada com isso. Nos últimos tempos só acenando sorridente ao lado de sua obra física. Suavemente ele punha abaixo a lógica do mundo. Só sendo. E ser era tão subversivo que, na época da ditadura, chegaram a achar que Gentileza era comunista. Teve de dar explicações às autoridades sobre as iniciais PC do estandarte que então carregava pelas ruas: não, não, PC não era Partido Comunista, mas Pai Criador.

Hoje, tratar mal as pessoas, marchar pelos corredores, fechar a cara, não dar bom dia e dizer coisas duras sem nenhum cuidado parece ser um atributo dos poderosos. Quase uma virtude. Ao conhecer alguns CEOs por aí, fico imaginando se no currículo deles está escrito: “Há 20 anos grita com quem está abaixo dele na hierarquia”. Ou: “Tem PhD por Harvard em humilhação dos subordinados”. Ou ainda: “Massacra os funcionários em inglês fluente, mas se for necessário pode xingar também em francês e mandarim”.



SAIBA MAIS
O conjunto de características que costuma cercar o poder é imediatamente incorporado pelos subordinados. Nessa lógica, há sempre alguém mais ferrado que podemos maltratar, a quem não precisamos beneficiar não com a nossa gentileza, porque gentileza não tem nada a ver com isso, mas a quem não precisamos beneficiar com a nossa bajulação. Canso de ver motoboys ser maltratados por recepcionistas de empresas chiques, enquanto me tratam bem porque numa rápida avaliação da minha roupa acreditam que talvez, quem sabe, posso ser alguém importante. Canso também de ser gentil e, por isso, ser tratada com rispidez, porque confundem minha gentileza com fraqueza. Recuso-me a embarcar nessa lógica que me obrigaria a falar alto e exalar arrogância para ser tratada com deferência. Prefiro falar com delicadeza e exalar apenas o meu perfume.

Acho que ser gentil não é nada prosaico, é um ato de resistência diante de uma vida determinada por valores calculáveis: só faço tal coisa se ganhar algo em troca, seja dinheiro ou um dos muitos pequenos poderes ou um ponto a mais com quem manda. A gentileza vira essa lógica do avesso: sou gentil sem esperar nada em troca. Sou gentil porque sou. Não porque tenho ou porque quero. Apenas sou. E, como sabemos, o ter – o consumir desenfreado – é aquele que vai tentar preencher o buraco aberto pela impossibilidade do ser.

Numa de suas internações porque alguém decidiu que ele era louco, Gentileza passava os dias com os outros internos ao redor, pregando sua gentileza. Até que um psiquiatra teria dito: “Gentileza, você veio aqui para nós te curarmos ou para você nos curar?”. Alguém que, como ele, havia se desfeito de todo o patrimônio para pregar a gentileza só poderia mesmo ser considerado louco nesse mundo. Mas, ainda bem, havia um médico que também era um pouco doido para devolver Gentileza às ruas.

Dia desses flagrei-me sendo indelicada com a moça do telemarketing. Me senti muito mal. É chato, todo mundo sabe. Ela também acha chato, tenho certeza, ter de falar como um robô horas a fio, dia após dia. É bem pior para ela do que para mim. Desde então, tenho me esforçado. Pouco antes de começar a escrever esse texto peguei a mim mesma respondendo secamente a uma assessora de imprensa que ligou, errando o meu nome (Elaine Blum) e perguntando se eu trabalhava com um tema que não tem nada a ver com o que faço. É verdade que não é legal errar o nome e a área das pessoas para quem queremos dar uma informação, mas também é óbvio que ela preferia acertar. Às vezes até nos convencemos que temos razão de sermos incivilizados, mas não temos. Se tínhamos alguma, a perdemos no momento em que agimos mal. E sempre há um jeito de dizer, mesmo coisas muito duras, sem arrasar quem nos escuta.

Tenho uma grande amiga que se apaixonou por um homem numa festa. Foi um dos poucos casos de amor ao primeiro gesto que testemunhei. Ela derrubou comida na roupa e ele imediatamente pegou um guardanapo para ajudá-la a se limpar. Logo depois, a encontrei no banheiro e ela me pegou pelo braço: “Vou casar com aquele cara”. E eu, chocada diante de alguém que era famosa por ser avessa a casamento: “Como assim?” E ela: “Ele é gentil”. Ele era – e é – um homem incrivelmente gentil. Estão juntos há sete anos, e o deles é um dos casamentos mais felizes que conheço. Minha amiga, que tinha alguns cantos bem abruptos, ganhou contornos mais arredondados: descobriu que também havia uma mulher gentil morando dentro dela.

Gentileza não é mesmo algo que temos, é mais algo que somos. E que nos tornamos. Talvez o verdadeiro poder esteja naquele que pode dar sem esperar nada em troca. Como Gentileza.

Assim como inventaram um dia sem carro, acho que podíamos criar um dia com gentileza. Não precisa ser uma campanha de massa, basta uma decisão interna, silenciosa, de cada um. Só para experimentar. Um dia só tentando ser gentil. Engolindo a palavra ríspida, calando a fofoca ainda no esôfago, olhando de verdade para as pessoas, escutando o que o outro tem a dizer, mesmo que não nos pareça tão interessante, sorrindo um pouco mais.

Pequenos gestos. Segurar o elevador, dar oi e dar tchau, não se atravessar na frente de ninguém nem sair correndo para ser o primeiro, ter paciência em vez de se irritar, elogiar um pouco mais, deixar passar o que não foi tão legal, mas também não foi tão grave e, quando a crítica for imprescindível, abusar da delicadeza. Um dia só, mesmo que seja apenas para experimentar algo diferente.

Quem sabe o que pode acontecer?



ELIANE BRUM






Li esse texto recentemente e achei o seu teor de extrema importância, apesar de ser um assunto tão desvalorizado em nossos dias de indelicadeza.

É extenso, mas vale muito a pena.

Para ler e meditar sobre o assunto.




Claudia Fernandes





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quarta-feira, setembro 30, 2009

Meditar é o caminho!








Esse vídeo (dividido em 3 partes) é a palestra de um monge budista - nascido na França - chamado Matthieu Ricard, em que ele fala sobre a busca pela felicidade e como a meditação pode encurtar esse caminho.

Vale a pena ver e rever para aprender.



Bjo,




Claudia Fernandes.






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terça-feira, setembro 22, 2009

Bem vinda, Primavera!


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sexta-feira, setembro 18, 2009

A língua do "P"



APENAS A NOSSA LÍNGUA PORTUGUESA NOS PERMITE ESCREVER ISSO...



Pedro Paulo Pereira Pinto , pequeno pintor paulista, pintava portas, paredes, portais. Porém, pediu para parar porque preferiu pintar panfletos. Partindo para Piracicaba, pintou prateleiras para poder progredir. Posteriormente, partiu para Pirapora, pernoitando por perto. Prosseguiu para Paranavaí, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres. Porém, pouco praticou, porque Padre Paulino pediu para pintar panelas. Posteriormente, pintou pratos para poder pagar promessas. Pálido, porém personalizado, preferiu partir. Pediu permissão para papai para permanecer praticando pinturas, preferindo, portanto, Paris.


Partindo para Paris, passou pelos Pirineus, pois pretendia pintá-los. Pareciam plácidos, porém, pesaroso, percebeu penhascos pedregosos, preferindo pintá-los parcialmente, pois perigosas pedras pareciam precipitar-se, principalmente pelo Pico, porque pastores passavam pelas picadas para pedirem pousada, provocando provavelmente pequenas perfurações. Pelos passos, percorriam permanentemente, possantes potrancas.


Pisando Paris, pediu permissão para pintar palácios pomposos, procurando pontos pitorescos, pois, para pintar pobreza, precisaria percorrer pontos perigosos, pestilentos, perniciosos, preferindo, Pedro Paulo, precaver-se. Profundas privações passou Pedro Paulo. Pensava poder prosseguir pintando, porém, pretas previsões passavam pelo pensamento, provocando profundos pesares, principalmente por pretender partir prontamente para Portugal. Povo previdente!


"Preciso partir para Portugal porque pretendem, pela primavera, pintar principais portos, painéis, personalidades, prestigiando patrícios", pensava Pedro Paulo.


- Paris! Paris! Proferiu Pedro Paulo.


- Parto, porém penso pintá-la permanentemente, pois pretendo progredir. Pisando Portugal, Pedro Paulo procurou pelos pais, porém, Papai Procópio partira para Província. Pedindo provisões, partiu prontamente, pois precisava pedir permissão para Papai Procópio para prosseguir praticando pinturas. Profundamente pálido, perfez percurso percorrido pelo pai. Passando pelo porto, penetrou pela pequena propriedade patriarcal pelo portão principal. Porém, Papai Procópio puxando-o pelo pescoço proferiu:


- Pediste permissão para praticar pintura, porém, pintas pior. Primo Pinduca pintou perfeitamente prima Petúnia. Por que pintas porcarias? - Papai, proferiu Pedro Paulo, pinto porque permitiste, porém, prefiro poder procurar profissão própria para poder provar perseverança, pois pretendo permanecer por Portugal.


Pegando Pedro Paulo pelo pulso, penetrou pelo patamar. Pegando pertences, partiu prontamente, pois pretendia pôr Pedro Paulo para praticar profissão perfeita: pedreiro! Passando pela ponte, precisaram pescar para poderem prosseguir peregrinando. Primeiro, pegaram peixes pequenos. Passando pouco prazo, pegaram pacus, piaparas, pirarucus. Posteriormente, partiram pela picada próxima, pois pretendiam pernoitar pertinho, para procurar primo Péricles primeiro. Pisando por pedras pontudas, Papai Procópio procurou Péricles, primo próximo, pedreiro profissional perfeito. Poucas palavras proferiram, porém prometeu pagar pequena parcela para Péricles profissionalizar Pedro Paulo.


Primeiramente, Pedro Paulo pegava pedras, porém, Péricles pediu-lhe para pintar prédios, pois precisava pagar pintores práticos. Particularmente, Pedro Paulo preferia pintar paredes, pisos, portas, portões, painéis. Pereceu pintando prédios para Péricles, pois precipitou-se pelas paredes pintadas. Pobre Pedro Paulo, pereceu pintando...


'Permita-me poder parar. Pretendo pensar. Peço perdão pela paciência, pois pretendo parar para pensar... Para parar preciso pensar. Pensei. Portanto, pronto pararei'.


E você ainda se acha o máximo quando consegue dizer: 'O Rato Roeu a Rica Roupa do Rei de Roma'?




Este texo é notável, pena que não conheço a autoria.




Claudia Fernandes.




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sexta-feira, setembro 11, 2009

Esse não é o meu país.


O Meu País - Zé Ramalho


Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo
Um país que crianças elimina
Que não ouve o clamor dos esquecidos
Onde nunca os humildes são ouvidos
E uma elite sem deus é quem domina
Que permite um estupro em cada esquina
E a certeza da dúvida infeliz
Onde quem tem razão baixa a cerviz
E massacram - se o negro e a mulher
Pode ser o país de quem quiser
Mas não é, com certeza, o meu país

Um país onde as leis são descartáveis
Por ausência de códigos corretos
Com quarenta milhões de analfabetos
E maior multidão de miseráveis
Um país onde os homens confiáveis
Não têm voz, não têm vez, nem diretriz
Mas corruptos têm voz e vez e bis
E o respaldo de estímulo incomum
Pode ser o país de qualquer um
Mas não é com certeza o meu país

Um país que perdeu a identidade
Sepultou o idioma português
Aprendeu a falar pornofonês
Aderindo à global vulgaridade
Um país que não tem capacidade
De saber o que pensa e o que diz
Que não pode esconder a cicatriz
De um povo de bem que vive mal
Pode ser o país do carnaval
Mas não é com certeza o meu país


Um país que seus índios discrimina
E as ciências e as artes não respeita
Um país que ainda morre de maleita
Por atraso geral da medicina
Um país onde escola não ensina
E hospital não dispõe de raio - x
Onde a gente dos morros é feliz
Se tem água de chuva e luz do sol
Pode ser o país do futebol
Mas não é com certeza o meu país

Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo
Um país que é doente e não se cura
Quer ficar sempre no terceiro mundo
Que do poço fatal chegou ao fundo
Sem saber emergir da noite escura
Um país que engoliu a compostura
Atendendo a políticos sutis
Que dividem o brasil em mil brasis
Pra melhor assaltar de ponta a ponta
Pode ser o país do faz-de-conta
Mas não é com certeza o meu país

Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo



#omeupaísfeelings



Preciso comentar alguma coisa?




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quinta-feira, setembro 03, 2009

Depressão será a doença mais comum do mundo em 2030, diz OMS


Dados divulgados nesta quarta-feira pela Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que, nos próximos 20 anos, a depressão deve se tornar a doença mais comum do mundo, afetando mais pessoas do que qualquer outro problema de saúde, incluindo câncer e doenças cardíacas.

Segundo a OMS, a depressão será também a doença que mais gerará custos econômicos e sociais para os governos, devido aos gastos com tratamento para a população e às perdas de produção.

De acordo com o órgão, os países pobres são os que mais devem sofrer com o problema, já que são registrados mais casos de depressão nestes lugares do que em países desenvolvidos.

Atualmente, mais de 450 milhões de pessoas são afetadas diretamente por transtornos mentais, a maioria delas nos países em desenvolvimento, segundo a OMS. As informações foram divulgadas durante a primeira Cúpula Global de Saúde Mental, realizada em Atenas, na Grécia.

"Os números da OMS mostram claramente que o peso da depressão (em termos de perdas para as pessoas afetadas) vai provavelmente aumentar, de modo que, em 2030, ela será sozinha a maior causa de perdas (para a população) entre todos os problemas de saúde", afirmou à BBC o médico Shekhar Saxena, do Departamento de Saúde Mental da OMS.

Ainda segundo Saxena, a depressão é mais comum do que outras doenças que são mais temidas pela população, como a Aids ou o câncer.

"Nós poderíamos chamar isso de uma epidemia silenciosa, porque a depressão está sendo cada vez mais diagnosticada, está em toda parte e deve aumentar em termos de proporção, enquanto a (ocorrência) de outras doenças está diminuindo."

Pobres

Segundo o médico, os custos da depressão serão sentidos de maneira mais aguda nos países em desenvolvimento, já que eles registram mais casos da doença e têm menos recursos para tratar de transtornos mentais.

"Nós temos dados que apontam que os países mais pobres têm (mais casos de) depressão do que os países ricos. Além disso, até mesmo as pessoas pobres que vivem em países ricos têm maior incidência de depressão do que as pessoas ricas destes mesmos países", afirma Saxena.

"A depressão tem diversas causas, algumas delas biológicas, mas parte dessas causas vem de pressões ambientais e, obviamente, as pessoas pobres sofrem mais estresse em seu dia-a-dia do que as pessoas ricas, e não é surpreendente que elas tenham mais depressão."

Segundo o médico, o aumento nos casos de depressão e os custos econômicos e sociais da doença tornam mais urgentes uma mudança de atitude em relação ao problema.

"A depressão é uma doença como qualquer outra doença física, e as pessoas têm o direito de ser aconselhadas e receber o mesmo cuidado médico que é dado no caso de qualquer outra doença."



Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/09/090902_depressao_oms_cq.shtml






Será que só assim para que essa doença seja desmistificada?

Vejo que ainda hoje muitas pessoas não conseguem compreender os sintomas dessa doença e chegam até a pensar, algumas vezes, que se trata de frescura, de loucura etc... Quando na verdade, depressão não tem nada a ver com frescura, muito menos com loucura.

A Depressão consiste em fatores que afetam uma pessoa no que ela tem de mais essencial, a sua vitalidade, sua vontade de viver.

Nada mais faz sentido, não por uma questão de frescura, jamais!

Não por simples loucura, nunca!

A falta de sentido da vida vem talvez de uma imensa crise existencial interna complexa e muito difícil de ser explicada através das nossas palavras tão limitadas.

Se o aumento de casos de uma doença tão terrível é deveras alarmante e triste, há, entretanto, como de costume, sempre um lado positivo. O fato de passar a ser mais conhecida e mais divulgada, talvez leve a uma desmistificação e a uma humanização da doença.

O conhecimento é sempre muito bem vindo e, quem sabe, com a diminuição de tantos preconceitos e lendas, talvez a pessoa que sofre de Depressão possa ter um tratamento mais claro, sem distorções, um maior apoio por parte da família e amigos e uma chance mais efetiva de se curar.



Claudia Fernandes






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domingo, agosto 23, 2009

Lustig. Oder nicht?




Bjo.




Claudia.




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sexta-feira, agosto 14, 2009

Cuide bem de seu amor...

Cirurgia de lipoaspiração?
Herbert Vianna

Pelo amor de Deus, eu não quero usar nada nem ninguém, nem falar do que não sei, nem procurar culpados, nem acusar ou apontar pessoas, mas ninguém está percebendo que toda essa busca insana pela estética ideal é muito menos lipo-as e muito mais piração?
Uma coisa é saúde outra é obsessão.
O mundo pirou, enlouqueceu.
Hoje, Deus é a auto-imagem.
Religião é dieta.
Fé, só na estética.
Ritual é malhação.

Amor é cafona, sinceridade é careta, pudor é ridículo, sentimento é bobagem.
Gordura é pecado mortal.
Ruga é contravenção.
Roubar pode, envelhecer não.
Estria é caso de polícia.
Celulite é falta de educação.
Filho da puta bem sucedido é exemplo de sucesso.
A máxima moderna é uma só: pagando bem, que mal tem?

A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz, não pensa em mais nada além da imagem, imagem, imagem.
Imagem, estética, medidas, beleza.
Nada mais importa.
Não importam os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria, o relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mais importa.
Não importa o outro, o coletivo.
Jovens não tem mais fé, nem idealismo, nem posição política.
Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada.

Ok, eu também quero me sentir bem, quero caber nas roupas, quero ficar legal, quero caminhar correr, viver muito, ter uma aparência legal mas...
Uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bulímicas, de jovens lipoaspirados, turbinados aos vinte anos não é natural.
Não é, não pode ser.
Que as pessoas discutam o assunto.
Que alguém acorde.
Que o mundo mude.
Que eu me acalme.
Que o amor sobreviva.






Bravo!!!!!




Claudia Fernandes






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quarta-feira, agosto 05, 2009

Genial!



Genial!!!




Claudia.






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terça-feira, julho 28, 2009

Para desopilar o fígado...

Para começar a semana com bom humor, um vídeo hilário do Steve Martin imitando Michael Jackson no clip de Billie Jean.






É ou não é algo impagável?



Claudia.







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sexta-feira, julho 24, 2009

Ói nóis!


Fiquei super feliz em descobrir que sou lida por algumas pessoas e que ainda por cima tenho admiradores. Isso não é o máximo??

Olha só:


http://copieinanet.blogspot.com/2008/01/medo-do-mesmo-de-claudia-fernandes.html

http://www.fachak.com/rainbow-warrior

http://www.lucianopires.com.br/dlog/show_dlog.asp?id=35&num=20




Valeu!!




Claudinha.






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quarta-feira, julho 22, 2009

Ex-guitarrista do The Clash abre biblioteca dedicada ao Rock n’ Roll


O guitarrista Mick Jones, ex-integrante do grupo The Clash, inaugurou na Inglaterra uma biblioteca dedicada ao rock. A abertura ao público ocorreu nesta quarta-feira, 22, e estão à disposição dos visitantes mais de 10 mil artigos da coleção pessoal do guitarrista.

Fazem parte do acervo muitos discos, fitas, filmes, cartazes de shows, livros, histórias em quadrinhos, roupas e outros objetos. “São relíquias do século passado. Uma parte da história musical britânica”, comentou Jones.

“É uma coleção muito pessoal que mostra minhas paixões, mas não quero que a biblioteca seja só para os fãs do Clash. Espero que possa ser útil, estimule a imaginação das pessoas e passe uma idéia de criatividade contínua”.



Eduardo Guimarães

Redação TDM





Na Inglaterra é assim... As coisas realmente acontecem. O rock é preservado, cultuado, respeitado. Bem diferente daqui, onde o rock é confundido com ficções musicais.



Claudinha.





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quinta-feira, julho 02, 2009

O silêncio da alma...





Li esse texto do grande Rubem Alves e achei o assunto muito interessante. Espero que goste.




Escutatória




Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória.


Todo mundo quer aprender a falar... Ninguém quer aprender a ouvir.


Pensei em oferecer um curso de escutatória, mas acho que ninguém vai se matricular. Escutar é complicado e sutil.


Diz Alberto Caeiro que... “Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas.
Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia.”


Parafraseio o Alberto Caeiro:


Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma.


Daí a dificuldade:


A gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor...
Sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer.
Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração... E precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor.


Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade.


No fundo, somos os mais bonitos...


Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos estimulado pela revolução de 64. Contou-me de sua experiência com os índios:


Reunidos os participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio.


Vejam a semelhança...


Os pianistas, por exemplo, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio... Abrindo vazios de silêncio... Expulsando todas as idéias estranhas.


Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial.


Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos ouvem.


Terminada a fala, novo silêncio.


Falar logo em seguida seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos... Pensamentos que ele julgava essenciais.


São-me estranhos. É preciso tempo para entender o que o outro falou.


Se eu falar logo a seguir... São duas as possibilidades.


Primeira: Fiquei em silêncio só por delicadeza... Na verdade, não ouvi o que você falou.


Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua (tola) fala.


Falo como se você não tivesse falado.


Segunda: Ouvi o que você falou. Mas, isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou.


Em ambos os casos, estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada.


O longo silêncio quer dizer: Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou.


E, assim vai a reunião.


Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos.


E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia.


Eu comecei a ouvir.


Fernando Pessoa conhecia a experiência...
E, se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras... No lugar onde não há palavras.


A música acontece no silêncio. A alma é uma catedral submersa.
No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos.
Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia...
Que de tão linda nos faz chorar.


Para mim, Deus é isto: A beleza que se ouve no silêncio.
Daí a importância de saber ouvir os outros: A beleza mora lá também.


Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto.




Rubem Alves







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segunda-feira, junho 08, 2009

Nesse mood...

Estou nesse mood esses dias...



Gerard Butler(Irlandês) no filme P.S. I love you.




Eu nunca estive nos verdes campos e nos belos lagos da Irlanda. Nunca. E, no entanto, sou irlandesa em espírito, me embriago nos pubs mais acolhedores de minha vida, canto as pop songs mais melancólicas do mundo e penso que um dia poderia, junto com você, mudar o planeta.



Eu, Molly. Você, Gerry. Tal como na comédia romântica “P.S. I love you”, que revi na madrugada passada na tevê e que me deixou com saudade do que fui um dia. Confesso, chorei (um choro bom, tranquilo, duas lágrimas e um copo de vinho branco para aquecer). E bateu vontade de ouvir “Love you ’till the end”, com The Pogues. E foi o que eu fiz.



O filme nos fala de amor. De vida e morte. E tudo isso me interessa muito. Apesar do ato de vir ao mundo (e de partir) ser solitário – essa é uma das verdades da vida, estamos todos juntos nisso, baby. Eu aqui. Você aí. Mas juntos em pensamento e alma.



Todo mundo merece ser feliz – é o que eu penso. Mas devemos estar preparados para o dia da despedida, pois tudo que é dourado acaba um dia. E temos que seguir em frente, mesmo que seja preciso fazer um grande sacrifício.


Em público, nós fingimos – cada um cria um personagem. Sozinhos, sentimos saudade do personagem que deixamos lá fora.





**************************************




Para Ken Blackmore from Ireland.






Claudia Fernandes





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Adaptação feita por Claudia Fernandes do texto de Zeca Ribeiro

domingo, maio 24, 2009

Uma flor para a maior delas...




Uma linda flor no aniversário da mais linda de todas e que não está mais aqui do meu lado.

Para você, minha melhor amiga, minha mãe, minha amada...


Meu tudo.



Um beijo.



Claudinha.










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quarta-feira, maio 06, 2009

Calendário Humano

Um calendário em que o dia ATUAL é a pessoa que está olhando para você!!!


Para saber que dia é hoje, basta procurar a única pessoa

que está olhando diretamente para você.

Faça o teste em outros dias...

E o interessante é que muda o mês também.


Basta clicar:



Calendário Humano






Claudia Fernandes







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sexta-feira, março 20, 2009

Atenção!! Attention!




Este evento é no próximo sábado, dia 28 de março de 2009, às 20:30 h.
Todos nós estamos convidados a apagar as luzes pelo período de uma hora para mostrar nosso apoio à luta contra o aquecimento global.
Vamos ajudar, até porque essa ajuda é para nós mesmos.



A Terra agradece e eu também!






This event will happen this year on March, 28th, at 8:30 PM.
We are all invited to turn the lights off for a period of an hour to show our support to the fight against global warming.
Let's help, even because this help is for ourselves.

Planet Earth and I thank you!


Claudia Fernandes






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segunda-feira, março 09, 2009

Delícia de clip!!

Essa música é mágica para mim, e eu simplesmente adooooro esse clip, porque me lembra de uma época em que eu vivia numa rua bem parecida com essa e uma das minhas brincadeiras prediletas era pular corda. Claro q não assim, como esses caras, mas...








Delícia de clip!!


Claudia Fernandes.

sexta-feira, fevereiro 27, 2009

"Os malefícios do alarmismo"


POLÍTICA

Stephen Kanitz: "Os malefícios do alarmismo"


Jornal do Brasil - Desde setembro, quando a percepção de que a economia americana entraria em colapso começou a ganhar corpo, assistimos a uma avalanche de notícias e análises econômicas marcadas por um tom alarmista. O pânico que tomou conta da imprensa, no entanto, não lhe permite dar o devido destaque a uma série de fatos positivos da economia brasileira. Temos sim, alguns problemas localizados em exportação e habitação, em parte causados por nós mesmos. Mas mesmo estes estão sob controle, o que não ocorre nos Estados Unidos.


O termo "crise" é definido como um acúmulo de problemas simultâneos que nos impede de raciocinar. Por exemplo, quando passamos por uma crise de nervos e surgem tantos problemas que mal conseguimos parar para pensar: damos voltas como baratas tontas. Normalmente, diante de um quadro desses se pede calma e sangue frio para poder identificar os problemas e estabelecer prioridades.


Crises globais ocorrem, por sua vez, quando países têm tantos problemas que não conseguem administrá-los. É o que ocorre hoje nos Estados Unidos, onde os dirigentes, economistas e banqueiros estão dando voltas como baratas tontas. Nos Estados Unidos, ainda não se sabe o tamanho do problema. Definitivamente, isso não é o que ocorre no Brasil. Muito pelo contrário: identificamos nossos problemas a tempo, implementamos soluções imediatas. Nossa contabilidade é extremamente veloz. Por exemplo, o caso da indústria de automóveis, quando identificamos a queda nas vendas, fizemos a isenção do IPI e a produção em janeiro aumentou 92%: fim da crise no setor.


Os dados estão aí: não temos subprime, bancos falindo, cartões de crédito estourando, CDOS e CDS despencando. Por isso, acredito que usar o termo “crise”, no Brasil, é uma irresponsabilidade social muito séria.


Daqui para frente, quem usar a expressão "crise global" comete outro erro. Não é global, justamente porque o Brasil não está em crise. Lula estava certo quando disse que tudo não passaria de uma marola e que tiraríamos de letra. Tanto é que a Bovespa já subiu 40% depois da chegada da "crise".


O governo Obama é que já dá sinais de andar feito barata tonta, sem saber o que fazer. E Ben Bernanke, mais ainda. O principal problema de Bernanke foi não conhecer a fundo como operava o Lehman Brothers.


Os americanos estão atolados em dívidas pessoais, 200% do PIB. Queiram ou não, eles vão reduzir o consumo em 2009 , 2010 e 2011, porque consumiram demais de 2000 a 2008. Vão poupar, o que reduz o consumo, para pagar suas dívidas, o que melhora a situação financeira deste países. Repito: achar que o Brasil está na mesma situação é irresponsabilidade. Eles estão em crise financeira, nós não estamos nem perto disso.


Nosso governo está fazendo tudo com rapidez, transmitindo confiança, ajudando pontualmente quem precisa. Isso porque não temos uma crise generalizada que nos impeça de raciocinar e priorizar as ações necessárias. Já estamos a caminho de uma rápida recuperação.



*Stephen Kanitz é mestre em Administração de Empresas pela Harvard University, e escreve no blog O Brasil Que Dá Certo




Bom saber.



Claudia.







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segunda-feira, fevereiro 23, 2009

Velhos não tão velhos carnavais...

Para mim, carnaval sem essas músicas abaixo e algumas outras não pode ser chamado de carnaval. Mas isso é apenas um gosto pessoal. Ou não tem gente que gosta de músicas como:

NO VAI E VEM MAMÃE
NO VAI E VEM MAMÃE
NO VAI E VEM E VEM QUE EU TAMBÉM VOU

???


Clique no pause da playlist do blog e no play desta.

Enjoy it!








Espero que perceba a diferença...



Claudia.






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quarta-feira, fevereiro 18, 2009

E tudo mudou...





E tudo mudou...


O rouge virou blush
O pó-de-arroz virou pó-compacto,
O brilho virou gloss,
O rímel virou máscara incolor;

A Lycra virou stretch,
Anabela virou plataforma;

O corpete virou porta-seios...
Que virou sutiã...
Que virou lib...
Que virou silicone!

A peruca virou aplique... interlace... megahair... alongamento!

A escova virou chapinha,
'Problemas de moça' viraram TPM;
Confete virou MM;

A crise de nervos virou estresse,
A chita virou viscose,
A purpurina virou gliter,
A brilhantina virou mousse...

Os halteres viraram bomba,
A ergométrica virou spinning,
A tanga virou fio dental...
...E o fio dental virou anti-séptico bucal;

Ninguém mais vê:

Ping-Pong porque virou Bubaloo,
O à-la-carte porque virou self-service,
A tristeza porque agora é depressão,
O espaguete porque virou Miojo pronto,
A paquera porque virou pegação,
A gafieira porque virou dança de salão;

O que era praça virou shopping,
A areia virou ringue,
A caneta virou teclado,
O LP virou CD,
A fita de vídeo é DVD,
O CD já é MP3,
É um filho onde eram seis;

O álbum de fotos agora é mostrado por e-mail,
O namoro agora é virtual,
A cantada virou torpedo,
E do 'não' não se tem medo;
O break virou street,
O samba, pagode
O carnaval de rua virou Sapucaí,
O folclore brasileiro, halloween
O piano agora é teclado, também...

O forró de sanfona ficou eletrônico,
Fortificante não é mais Biotônico,
Polícia e ladrão virou counter strike,
Folhetins são novelas de TV,
Fauna e flora a desaparecer;

Lobato virou Paulo Coelho,
Caetano virou um pentelho,
Baby se converteu,
RPM desapareceu,
Elis ressuscitou em Maria Rita?

Gal virou fênix,
Raul e Renato, Cássia e Cazuza, Lennon e Elvis,
Todos anjos
Agora só tocam lira...

A AIDS virou gripe,
A bala antes encontrada agora é perdida,
A violência está coisa maldita!
A maconha é calmante,
O professor é agora o facilitador,
As lições já não importam mais,
A guerra superou a paz,
E a sociedade ficou incapaz...

De tudo...

Inclusive de notar essas diferenças.



Luiz Fernando Veríssimo





Preciso dizer mais alguma coisa?



Claudia.






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sábado, fevereiro 14, 2009

Two Wolves




Uma noite, um velho índio Cherokee falou a seu neto sobre uma batalha que ocorre dentro das pessoas.

Ele disse:

"Meu filho, a batalha é entre dois "lobos" dentro de todos nós. Um é o Mal. É a raiva, a inveja, o ciúme, a mágoa, o remorso, a ganância, arrogância, autopiedade, culpa, o ressentimento, a inferioridade, mentira, o orgulho, a superioridade, e o ego.

O outro é o Bem. É a alegria, a paz, o amor, a esperança, serenidade, humildade, gentileza, benevolência, a empatia, generosidade, verdade, compaixão e fé."

O neto pensou sobre o que ouviu por um minuto e então perguntou a seu avô:
"Qual lobo vence?"
O velho Cherokee respondeu:

"Aquele que você alimenta."

Tradução livre feita por mim. Original aqui:
Esse texto é simples, curto mas, ao mesmo tempo, consegue mostrar a sabedoria que os mais velhos possuem sobre a existência humana.


Eu concordo com a mensagem dessa historinha. O Bem e o Mal convive em nós, e sempre estarão dentro de nós e aparecerão em alternados momentos da nossa vida, porém aparecerá mais aquele que você der mais atenção e levar mais a sério.



Claudia.




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segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Entre o Certo e o Fantasioso?

Clique no pause da playlist do blog e no play da música deste post:




Romance da Bela Inês - Alceu Valença

Uma musa matriz de tantas músicas
Melindrosa mulher e linda e única
Como o lado da lua que se oculta
Escondia o mistério e a sedução
Comovida com a revolução
De Guevara, Camilo e Sandino
Escutou meu Espelho Cristalino
Viajou nosso sonho libertário
Bela Inês, com seu peito de operário
A burguesa que amava o Capitão

Acontece que a história não tem pressa
E o amor se conquista passo a passo
O ciúme é a véspera do fracasso
E o fracasso provoca o desamor
Bela Inês teve medo do "condor"
Queimou cartas. lembranças do passado
E nessa guerra de Deus e do diabo
Entre fogo cruzado desertou
Bela Inês, com seu peito de operário
Não me esconde seu ar conservador

Mas eu tenho um espelho cristalino
Que uma baiana me mandou de Maceió
Ele tem uma luz que me alumia
Ao meio dia, clareia a luz do sol

Apesar dos pesares não esquece
Nosso sonho real e atrevido
Bela Inês tem o peito dividido
Entre um porto seguro e o além-mar.


Incrível como, sempre que ouço essa música, mesmo sendo em diferentes momentos de minha vida, essa letra faça tamanho sentido para mim.

Em cada diferente ocasião, me sinto como um dos personagens da história.

Em algumas vezes a Inês, noutras a Baiana, mas devo confessar que meu momento atual estaria mais para Inês, dividida entre um porto seguro e qualquer lugar.



Claudia Fernandes.




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quarta-feira, fevereiro 04, 2009

Um Trem para Lisboa.





"Tudo começa numa manhã chuvosa.

Uma mulher prepara-se para saltar de uma ponte de Berna.

Raimund Gregorius, um banal professor de grego e latim de 57 anos, evita o acto desesperado e fica surpreendido com o som de uma palavra. "Português", responde ela, ao ser questionada sobre a língua que fala. Antes de desaparecer da história ainda tem tempo de escrever um número de telefone na testa deste míope professor que descobre, por acaso, um livro de um autor português, Amadeu Inácio de Almeida Prado, intitulado Um Ourives das Palavras. Sem conseguir explicar o porquê, entra num comboio para Lisboa atrás deste médico que morreu 30 anos antes, em 1975, pouco depois da Revolução, numa descoberta do outro que acaba por ser uma descoberta de si próprio.

Comboio noturno para Lisboa gasta um tempo considerável a explorar as ideias contemplativas tanto as de Gregorious e as explorações filosóficas contidas no Diário de Prado. Epígrafos incluem Michel de Montaigne, Ensaios, livro segundo – Da inconstância das nossas acções e Fernando Pessoa, o Livro do desassossego.

Mercier usa várias actividades e subtemas para ajudar a explorar estes sujeitos auto-reflexivos, incluindo “viagens nocturnas, insónias, e sonhos de estar preso num lugar, mas ao mesmo tempo sentir-se à deriva e confuso acerca do sentido da vida” Com esta perspectiva introspectiva, Mercier é capaz de rever conceitos de “Quem somos nós”, “Como controlamos a experiência de vida” e “Quão frágil é a construção” "


Bjo.



Claudia.











“Cada um de nós é vários, é muitos,

é uma prolixidade de si mesmos.

Por isso aquele que despreza o ambiente

não é o mesmo que dele se alegra ou padece.

Na vasta colônia do nosso ser

há gente de muitas espécies,

pensando e sentindo diferentemente.”

Fernando Pessoa



Livro do Desassossego










Fonte: Wikipedia



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Minha família

My kind of Spirit...


You are the elusive Night Spirit.
Your season is Winter, when the stars are bright and frost crystallizes the fallen leaves.
You are introspective, deep-thinking, and mysterious.
Everyone is intrigued and a little intimidated by you because you have an aura of otherworldliness.
You work in extremes, sometime happy, other times sad, but always creative and philosophical.
You are more concerned with the unseen, mystical, and metaphysical than the real world.
Night Spirits have a tendency to get lost in themselves and must be careful not to forget reality, but their imagination is limitless.