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Comecei a escrever no momento em que percebi que só pensar não mais me satisfazia.

Precisava transbordar todo aquele pensamento que só ao meu universo de idéias pertencia.

Hoje, escrevo por pura necessidade, por irresistível vício e por agradável teimosia.




Claudia Pinelli Rêgo Fernandes ®



quinta-feira, março 22, 2007

Amigos..



Amigos



Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles. A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos; enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e que minha vida depende de suas existências...

A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar!

Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na minha sagrada relação de amigos. Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure.

E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida. Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo! Por isso é que, sem que eles saibam, rezo pela vida deles. E me envergonho porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.

Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer... Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus verdadeiros amigos!

"A gente não faz amigos.... reconhece-os."


Crônica de Garth Henrichs





A vida é engraçada.. Tantas coisas acontecem.. Muitas coisas passam por ela.. Algumas deixam saudades, outras não. E chega um momento na vida em que só algumas coisas têm realmente valor. Os amigos são uma delas..

Esse texto rolou muito tempo na net como de autoria de Vinícius de Moraes.
Não caio mais nessa, procuro pesquisar antes.. rs..
O real autor é Garth Henrichs e o original é em Inglês.






Bjo.







Música: Out and beyond do Vinnie Moore.

3 comentários:

Anônimo disse...

Cláudia,

Gsotei do e-mail que você mandou: bela história!

Teu texto de hoje no blog também encanta.

Abraços, flores, estrelas..

Ricardo Rayol disse...

O texto é uma ode à amizade não importa cor, credo ou nacionalidade.. muito bem escolhido.

cantabile disse...

Por acaso meu post de hoje também é para um amigo, ou melhor , que se dizia ser. Estou bastante magoada. Ainda bem que tenho outros que não deixarão que eu sinta tanta falta dele.
beijos

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Minha família

My kind of Spirit...


You are the elusive Night Spirit.
Your season is Winter, when the stars are bright and frost crystallizes the fallen leaves.
You are introspective, deep-thinking, and mysterious.
Everyone is intrigued and a little intimidated by you because you have an aura of otherworldliness.
You work in extremes, sometime happy, other times sad, but always creative and philosophical.
You are more concerned with the unseen, mystical, and metaphysical than the real world.
Night Spirits have a tendency to get lost in themselves and must be careful not to forget reality, but their imagination is limitless.