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Comecei a escrever no momento em que percebi que só pensar não mais me satisfazia.

Precisava transbordar todo aquele pensamento que só ao meu universo de idéias pertencia.

Hoje, escrevo por pura necessidade, por irresistível vício e por agradável teimosia.




Claudia Pinelli Rêgo Fernandes ®



quinta-feira, novembro 01, 2007

Happy Hallow's eve!



Happy Halloween, folks...

Na falta de festas nacionais que as pessoas considerem interessantes e bacanas, importamos essa que não tem absolutamente nada a ver conosco, mas que festejamos como se sua origem fosse aqui...

Falo isso, porque sempre que chega essa época, reflito sobre esse fato.

Uma certa ocasião, meus alunos me pediram freneticamente que eu fizesse uma festinha de Halloween para comemorar. Eu fiz. Comprei abóboras, chapéus de bruxa, faquinha de mentira, velinhas roxas, etc...

Mas antes perguntei:
- Comemorar o quê, afinal?
- Ah, sei lá...
E eu retruquei:
- Em São João, vocês não tiveram esse mesmo interesse.
- Ah, São João é chato.
- Claro, claro... Legal é festa estrangeira. A nossa é chata.. Claro...

Logo após, eu ministrei uma aula mostrando a riqueza de nossas festas, folclore, etc... E o quanto nossas tradições e costumes podem ser muito bacanas.

Todo ano, esse pequeno diálogo me faz repensar essa festa e o porquê desse hype todo em torno de uma festa importada, sem nenhuma referência no nosso folclore...

Acabei fazendo a festa porque leciono Língua Inglesa e uma semana antes da festa sempre proponho algumas aulas sobre os fundamentos e as origens da comemoração que se baseiam nos costumes celtas e druidas( eles acreditavam na imortalidade da alma, a qual diziam se introduzia em outro indivíduo ao abandonar o corpo; mas em 31 de outubro voltava para seu antigo lar a pedir comida a seus moradores, que estavam obrigados a fazer provisão para ela.) e que não tem nenhuma similaridade com a festa atual, calcada apenas em negócios e lucros.

Mas para o povo brasileiro em geral, qual o sentido dessa festa?
Festa por festa?
Comemorar por comemorar??
Penso que seja um pouco de alienação, mas...
Cada cabeça é um mundo, não é?

Não sou contra a tradição, pelo contrário, e não cultivo nenhum sentimento anti-estrangeiro, só penso que deveríamos conhecer(o que não significa gostar, admirar) muito bem o que é nosso, para podermos assim importar qualquer coisa de fora. Sigamos esse exemplo deles primeiro.

Viva São João para quem é de São João...

Happy Halloween para quem é de halloween...



Claudia Fernandes




P.S. 1 - Helloween está grafado na foto com "e" numa alusão a uma banda de que gosto muito.





P.S. 2 - Leia sobre: www.acidigital.com/controversia/halloween.htm


P.S. 3 - O crime mais terrível que eu cometi no "Dia das Bruxas" e não vai de encontro aos ensinamentos dos Celtas e Druidas, os criadores da tradição do Halloween, é esse:



Mila no papel de Lady "recebi uma facada torta na cabeça"...


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6 comentários:

Anônimo disse...

Olá, Cláudia!

vc tem razão, rálôuín não tem realmente nada a ver com a nossa cultura brasileira, é constrangedor ver como as pessoas incorporam tudo "o que vem de fora" sem maiores questionamentos. Porém, essa festa não é norte-americana e sim de origem celta, ou seja, européia. A Igreja católica baniu o culto às bruxas e por isso a festa ficou proibida no Velho Mundo. Até que os "yankees" decidiram explorá-la comercialmente pois, no fundo, haloween não passa de uma transa comercial e mais nada. E, infelizmente, violenta como (quase) tudo que os USA exporta.

Tenha um belo dia!

Márcio Beckman disse...

Ahhhhhhhhh It's halloweeeeen! Uhullll! Helloween é uma das minhas bandas prediletas, mas vc tem razão a gente tem q aprender a valorizar o q é nosso tb, pq se a gente não der valor quem é q vai dar? Tira-se pelo 7 de setembro q nesses últimos anos tem passado tão despercebido... Quando chega um feriado quase sempre ouço a mesma frase, praticamente com as mesma seqüência de diálogos: "Oba, amanhã é ferido!", "ferido? feriado de quê?", "ah, não sei não, mas é feriado!". É triste... Mas para o Halloween não passar em branco a gente poderia substituí-lo pelo nosso dia de finados, q tal? Isso sim é um feriado nacional! ^^

Márcio Beckman disse...

P.S.: não se preocupe comigo q eu estou bem, só sou meio dramático nas minhas poesias. Eu sobreviverei com as bençãos do deus Tempus. Só ele é capaz de converter dor em força, triteza em sabedoria, fragmentos em harmonia... Não sei se vou rir de tudo depois, mas acho q pelo menos esses momentos q ficam pra traz vão se tornar insignificantes diante de tudo q eu tenho por ganhar se confiar em Tempus e semear bons frutos. Valeu pela força! Bjos!

Claudia Pinelli® disse...

Então, tá, Márcio...
Mas se cuida, tá??
Bjo.

Claudia Pinelli® disse...

André, querido...
Em momento algum, disse q essa tradição é americana, pelo contrário, tem um detalhe no texto em q cito a tradição celta e druida... No sétimo parágrafo, se não me engano.
Volte sempre.
Bjo.

Anônimo disse...

Olá, Cláudia,
fiquei muito feliz com a passadinha que deu no meu blog. Sinto muito pela língua dele... talvez seja por isso que eu evito deixar o link do mesmo em blogs que não sejam da mesma língua. Espero que vc me compreenda.

Pois é, eu não tive a intenção de corrigir este seu texto (muito interessante, por sinal) pois, na verdade, nada há nele a ser corrigido. Escrevi apenas o que pensava, de maneira aberta, pois noto que a maioria das pessoas considera Halloween como sendo uma festa de tradição americana, o que não é bem o caso.

O seu texto explicita a tradição e questiona com muita propriedade. E inteligência. Parabéns! voltarei sempre, com certeza.

Um beijo e bom week-end.

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My kind of Spirit...


You are the elusive Night Spirit.
Your season is Winter, when the stars are bright and frost crystallizes the fallen leaves.
You are introspective, deep-thinking, and mysterious.
Everyone is intrigued and a little intimidated by you because you have an aura of otherworldliness.
You work in extremes, sometime happy, other times sad, but always creative and philosophical.
You are more concerned with the unseen, mystical, and metaphysical than the real world.
Night Spirits have a tendency to get lost in themselves and must be careful not to forget reality, but their imagination is limitless.